Segundo o antigo primeiro-ministro russo e vice-presidente do Conselho de Segurança da Federação Russa, Dmitry Medvedev, o afastamento da Ucrânia das negociações pode levar ao fim da soberania ucraniana.
Numa entrevista à Al Jazeera, o responsável diz que "as oportunidades, infelizmente, não estão a melhorar, mas a piorar", respondendo a uma pergunta sobre as perspetivas de uma solução política do conflito entre a Rússia e a Ucrânia.
Para Medvedev "há algum tempo, a Ucrânia supostamente mostrou o desejo de concordar em pontos-chave e numa posição , na nossa opinião, relativamente realista".
Uma posição baseada em "reconhecer as realidades: tanto as realidades territoriais (o que aconteceu com a Crimeia, o que aconteceu com o Donbass), com as realidades associadas à participação em organizações internacionais, incluindo blocos militares", sublinhou.
“Em outras palavras, recusar-se a participar na NATO e seguir uma política neutra nesse sentido, bem como realizar uma desmilitarização parcial e realizar uma série de outras coisas importantes, na nossa opinião. Isso também foi discutido durante as reuniões com as nossas delegações e em solo bielorrusso, como em Istambul e online", explica.
Porém, a partir de certa altura, "suspenderam essas negociações" e por esse motivo "a situação não melhorou e, em certa medida, até piorou", sublinhou.
Sobre o que se segue, Medvedev realça que "a Ucrânia pode perder territórios adicionais como resultado do que está a acontecer" e "em última análise, isso ameaça a Ucrânia em essencialmente uma coisa: a perda da soberania nacional", enfatizou Medvedev.
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