Há 100 dias, o presidente da Rússia anunciou o lançamento de uma "operação militar especial" na Ucrânia. Vladimir Putin justificou a "operação", que tem vindo a ser condenada pela comunidade internacional, com a necessidade de "desnazificar" o país vizinho.
De acordo com os dados das Nações Unidas, mais de 4 mil civis morreram devido a este conflito. Há também a registar mais de 5 mil feridos, para além dos milhões de habitantes que fugiram do país, fixando-se, principalmente, na Polónia.
Entre avanços e recuos em território ucraniano, recordamos as frases mais marcantes destes 100 dias de guerra, que tem tido um impacto global a nível económico e social.
24 de fevereiro
- "Tomei a decisão de uma operação militar especial. Vamos esforçar-nos para alcançar a desmilitarização e a desnazificação da Ucrânia."
Vladimir Putin, presidente russo, numa declaração na televisão
- "O presidente Putin escolheu [lançar] uma guerra premeditada que vai resultar em sofrimento e perdas humanas catastróficas."
Joe Biden, presidente dos Estados Unidos
- "Só tenho uma coisa a dizer do fundo do meu coração: presidente Putin, impeça as tropas de atacar a Ucrânia. Dê uma oportunidade à paz. Muitas pessoas já morreram."
António Guterres, secretário-geral da ONU
- "Condeno veementemente a ação militar da Rússia à Ucrânia."
António Costa, primeiro-ministro
- "[A Rússia] escolheu o caminho da agressão contra um país soberano e independente. É uma grave violação do direito internacional e uma séria ameaça à segurança euro-atlântica."
Jens Stoltenberg, secretário-geral da NATO
- "Estamos perante um ato de agressão sem precedentes por parte da liderança russa contra um país soberano e independente. O alvo dos russos não é apenas o Donbass, o alvo não é apenas a Ucrânia, o alvo é a estabilidade na Europa e toda a ordem internacional de paz."
Ursula von der Leyen, presidente da Comissão Europeia
- "Cortámos os laços diplomáticos com a Rússia."
Volodymyr Zelensky, Presidente da Ucrânia
- "[A invasão da Ucrânia] é uma catástrofe para o nosso continente."
Boris Johnson, primeiro-ministro britânico
- "O presidente russo está mais uma vez a violar de maneira flagrante o direito internacional. Nada pode justificar tudo isso. É a guerra de Putin."
Olaf Scholz, chanceler alemão
- "É preciso internar o louco."
Milos Zeman, Presidente da República Checa, referindo-se a Vladimir Putin
- "Ao escolher esta guerra, Vladimir Putin decidiu ameaçar da forma mais grave possível a paz que dura na Europa há décadas."
Emmanuel Macron, Presidente francês
- "Na última noite, um cataclismo atingiu a Europa. E este ataque injustificado e não provocado é algo que não se via em território europeu desde o fim da Segunda Guerra Mundial."
Charles Michel, após um encontro na sede da NATO com o secretário-geral da Aliança e com a presidente da Comissão Europeia
- "Esta é a maior crise de segurança por que a Europa passa desde a Segunda Guerra Mundial."
Augusto Santos Silva, ministro dos Negócios Estrangeiros
- "Não há purgatório para criminosos de guerra. Eles vão direto para o inferno, embaixador."
Sergiy Kyslytsya, representante permanente da Ucrânia junto das Nações Unidas, para o embaixador da Rússia na reunião do Conselho de Segurança da ONU
25 de fevereiro
- "Esta guerra de agressão liderada pela Rússia marca uma rutura profunda na história da Europa após o fim da Guerra Fria."
Angela Merkel, ex-chanceler alemã
- "Deixaram-nos sozinhos a defender o nosso Estado."
Volodymyr Zelensky, numa comunicação a jornalistas internacionais
- "[O Presidente ucraniano, Volodymyr Zelensky, e os seus ministros são] uma panelinha de viciados em drogas e neonazis, que se estabeleceram em Kiev e fizeram refém todo o povo ucraniano."
Vladimir Putin, numa intervenção transmitida pela televisão russa
- "A guerra é sempre um fracasso da política e da humanidade, uma capitulação vergonhosa, uma derrota diante das forças do mal."
Papa Francisco
- "O presidente Putin escolheu violar a soberania da Ucrânia. O Presidente Putin escolheu violar a lei internacional. (...) O Presidente Putin é o agressor aqui. Não há meio termo."
Declaração conjunta de 50 países nas Nações Unidas, incluindo Portugal
- "A guerra voltou à Europa."
Emmanuel Macron, Presidente francês
26 de fevereiro
- "Está na hora de encerrar, de uma vez por todas, a longa discussão e decidir sobre a adesão da Ucrânia à União Europeia."
Volodymyr Zelensky
- "[É desejável um] terceiro nível de sanções (...), que seja brutal, prejudicando de uma forma decisiva a economia russa e o desenvolvimento da própria Rússia, [mas] não pode ser feito de imediato porque têm de ser estudados os efeitos que essas sanções mais pesadas têm sobre toda a economia europeia."
Rui Rio, líder do PSD
- "Durante a Guerra Fria o PCP era um abjeto vassalo da União Soviética. E hoje é um vassalo do senhor Putin."
Sérgio Sousa Pinto, deputado do PS
- "Dizer que o PCP é um vassalo da União Soviética é um insulto."
António Filipe, deputado do PCP
- "[A invasão russa à Ucrânia é um] ataque à humanidade."
Donald Trump, antigo Presidente dos Estados Unidos
27 de fevereiro
- "Que Deus nos salve de a situação política atual na Ucrânia, país irmão que nos é próximo, ser usada de forma a que as forças do mal prevaleçam."
Kirill, patriarca ortodoxo russo
- "Ordeno ao ministro da Defesa e ao chefe de Estado-Maior que ponham a força dissuasora do exército russo [que pode incluir a componente nuclear] em alerta especial de combate."
Vladimir Putin
28 de fevereiro
- "Presidente Putin, por favor, pare esta guerra. Como cidadão russo, peço-lhe que impeça os russos de matar os seus irmãos e irmãs ucranianos. Como cidadão britânico, peço-lhe que salve a Europa da guerra."
Evgeny Lebedev, oligarca e magnata dos 'media' nascido na Rússia e residente no Reino Unido
1 de março
- "Sem vocês a Ucrânia fica sozinha. Provem que estão connosco, provem que não nos vão deixar sozinhos. E então a vida ganhará sobre a morte, e a luz vencerá as trevas."
Volodymyr Zelensky, num debate no Parlamento Europeu em Bruxelas sobre a agressão militar russa contra o país
2 de março
- "[Joe Biden] tem experiência e sabe que não há alternativa às sanções, senão a guerra mundial. A terceira guerra mundial seria uma guerra nuclear devastadora."
Serguei Lavrov, ministro dos Negócios Estrangeiros russo
- "Nenhum argumento justifica que quebremos as colaborações energéticas com a Rússia."
Viktor Orbán, primeiro-ministro da Hungria
3 de março
- "Se desaparecermos, que Deus nos proteja, então será a Letónia, a Lituânia, a Estónia, etc... Até ao Muro de Berlim, acreditem em mim."
Volodymyr Zelensky
- "A operação militar especial está a avançar estritamente de acordo com o cronograma, de acordo com o planeado. Não vou desistir da crença de que russos e ucranianos são um só povo."
Vladimir Putin
4 de março
- "Quando hoje o Presidente Zelensky é transformado em herói nacional, estamos a falar do mesmo Presidente que aceitou a incorporação de forças nazis nas Forças Armadas ucranianas."
João Oliveira, líder parlamentar do PCP
6 de março
- "Mais de 1,5 milhões de refugiados da Ucrânia saíram para os países vizinhos em dez dias. Esta é a crise de refugiados de crescimento mais rápido na Europa desde a Segunda Guerra Mundial."
Filippo Grandi, Alto-Comissário da ONU para os Refugiados
- "O PCP não apoia a guerra. Isso é uma vergonhosa calúnia. O PCP tem um património inigualável na luta pela paz. O PCP não tem nada a ver com o Governo russo e o seu Presidente. A opção de classe do PCP é oposta à das forças políticas que governam a Rússia capitalista e dos seus grupos económicos."
Jerónimo de Sousa, secretário-geral do PCP
7 de março
- "A amizade entre os dois povos [China e Rússia] é firme como uma rocha."
Wang Yi, ministro dos Negócios Estrangeiros da China
8 de março
- "Devemos juntos apoiar as negociações pela paz entre a Rússia e a Ucrânia. A China está pronta para fornecer ajuda humanitária à Ucrânia."
Xi Jinping, Presidente chinês, durante uma conversa por telefone com os líderes de França e Alemanha, Emmanuel Macron e Olaf Scholz
- "Não faremos parte do subsídio à guerra de Putin."
Joe Biden, anunciando um embargo às importações de petróleo e gás russo para os Estados Unidos
- "Putin demonstrou que é um homem em quem não se pode confiar e do qual tudo se pode esperar, tudo do pior."
Ramalho Eanes, antigo Presidente da República
- "Temos de medir aquilo que é mais efetivo na pressão sobre a Rússia, mas também medir os efeitos de ricochete que cada uma dessas medidas tem também nas nossas economias e na vida das nossas sociedades."
António Costa
10 de março
- "Há uma 'russofobia' em todo o Ocidente dirigida pelos Estados Unidos."
Serguei Lavrov
11 de março
- "Os ataques dos invasores russos na Ucrânia têm o selo de um genocídio."
Andrzej Duda, Presidente polaco
13 de março
- "Em nome de Deus... parem este massacre."
Papa Francisco
14 de março
- "Uma coisa é certa: esta guerra sairá muito cara a todos, incluindo infelizmente também para a economia portuguesa."
João Gomes Cravinho, ministro da Defesa
- "O que já se passou teve, tem e terá custos enormes na vida de todos nós, nomeadamente na Europa. Não há como negá-lo ou fazer de conta de que esses custos não cairão de uma forma ou de outra nas nossas vidas."
Marcelo Rebelo de Sousa, após reunião do Conselho de Estado
- "Vendo com alguma distância, na verdade, sim, fomos complacentes [com Vladimir Putin]. Houve alguns até que foram cúmplices: por exemplo, quando vemos um ex-chanceler alemão ir trabalhar diretamente para a Gazprom. Houve complacência e cumplicidade."
Durão Barroso, ex-presidente da Comissão Europeia
15 de março
- "Não admito culpa. Continuo convencida de que a Rússia está a cometer um crime (...) e que ela é o agressor da Ucrânia."
Marina Ovsyannikova, jornalista russa que protestou contra a guerra na Ucrânia na televisão russa em julgamento
16 de março
- "[Vladimir Putin é] um criminoso de guerra."
Joe Biden
17 de março
- "Os russos serão sempre capazes de distinguir os verdadeiros patriotas da escória e traidores, e simplesmente os cuspirão, como um mosquito que acidentalmente voou para as suas bocas."
Vladimir Putin
- "A Rússia não perderá esta guerra. A Ucrânia e a Rússia chegam a um acordo e Zelensky e Putin assinam-no. Se Zelensky não o fizer, acredite, dentro de pouco tempo, terá de assinar um ato de capitulação."
Alexander Lukashenko, Presidente da Bielorrússia
18 de março
- "Eu sei que o vosso Presidente vos disse que isto é uma guerra para desnazificar a Ucrânia. Desnazificar a Ucrânia? A Ucrânia tem um Presidente judeu. Os três irmãos do pai dele foram mortos pelos nazis. A Ucrânia não começou esta guerra. O Kremlin começou esta guerra."
Arnold Schwarzeneger, ator, em mensagem aos russos
- "As palavras da Bíblia Sagrada vêm-me à cabeça: não há maior amor do que dar a vida pelos amigos."
Vladimir Putin, ao justificar a invasão para proteger a população russófona no leste da Ucrânia
19 de março
- "A guerra na Ucrânia já está a interromper as cadeias de distribuição e a fazer os preços dos combustíveis, alimentos e transporte dispararem. Devemos fazer todos os possíveis para evitar um furacão de fome e um colapso do sistema alimentar global."
António Guterres
21 de março
- "[Quando Vladimir Putin] praticava terrorismo de Estado construíam juntos [com a ex-chanceler alemã Angela Merkel] o gasoduto Nord Stream 2."
Zbigniew Ziobro, vice-primeiro-ministro polaco, numa referência ao projeto russo-germânico
- "A invasão russa da Ucrânia constitui o maior abalo sistémico na arquitetura da segurança europeia desde o final da Guerra Fria."
Marcelo Rebelo de Sousa
22 de março
- "O que vemos hoje na Ucrânia é que os meus compatriotas olham para Mariupol e veem Varsóvia em 1944, quando Hitler e os nazis bombardeavam civis e edifícios. O exército russo está a comportar-se hoje da mesma maneira."
Andrzej Duda, presidente da Polónia
23 de março
- "O atraso [das negociações] visa dramatizar a situação, permitindo que Zelensky intervenha, na sua camisa caqui, perante os parlamentos do mundo e exija, com lágrimas nos olhos, a intervenção da NATO."
Serguei Lavrov
- "Os propagandistas da televisão russa são piores do que os pilotos russos. Os pilotos pelo menos correm o risco de serem abatidos. Sancionar cada um deles. Bloqueiem a propaganda russa tóxica e aqueles que a apoiam."
Dmytro Kuleba, ministro dos Negócios Estrangeiros ucraniano
24 de março
- "A Bulgária está connosco, a Grécia acredito que também. A Alemanha está um pouco atrasada. Portugal, bem, quase."
Volodymyr Zelensky
25 de março
- "Quando vemos uma mulher de 30 anos em frente a um tanque [russo] com uma espingarda (...), se falamos da praça Tiananmen, isto é a praça Tiananmen em maior escala."
Joe Biden, numa alusão ao "homem do tanque" no decurso da repressão aos protestos contra o regime chinês
- "Ao ver Putin com a multidão no estádio, a celebrar a guerra, recordei as enchentes nazis e Hitler: alienação em massa."
Expresso
26 de março
- "Os primeiros três dias foram aterrorizantes, estávamos cheios de medo, mas depois pensámos que era normal ouvir as bombas e voltámos a fazer coisas. Todos os dias estou à espera de uma coisa má."
Rizo, habitante em Kiev, junto do centro comercial Retroville, atingido por um míssil no início da semana
- "É um carniceiro."
Joe Biden, num encontro com refugiados ucranianos, em Varsóvia, após ser questionado sobre o que pensa do seu homólogo russo, Vladimir Putin
27 de março
- "Putin é um completo mentiroso, é um terrorista internacional e a Rússia, na forma como existe, hoje é um estado terrorista."
Taras Topolya, líder da banda ucraniana Antytila
28 de março
- "O que está a acontecer na Ucrânia é uma repetição do que vimos na Síria."
Agnès Callamard, secretária-geral da Amnistia Internacional
30 de março
- "Estou convencido de que no final desta etapa, a situação internacional ficará muito mais clara, e que nós, juntamente com vocês e com os nossos apoiantes, caminharemos para uma ordem mundial multipolar, justa e democrática."
Serguei Lavrov, no início de um encontro bilateral com o seu homólogo chinês, Wang Yi
4 de abril
- "Vocês viram o que aconteceu em Bucha [onde 410 corpos de civis ucranianos foram encontrados depois da reconquista]. [Vladimir Putin] é um criminoso de guerra."
Joe Biden
- "Nem um único residente de Bucha sofreu qualquer violência às mãos dos russos. Foi encenado (...), é uma falsa narrativa apresentada por Kiev."
Vassily Nebenzia, embaixador russo junto da ONU
- "[Os militares russos] Despejaram aqui [traseiras da igreja] pessoas como se fossem restos de comida."
Andrew Halavin, pároco da Igreja ortodoxa de Santo André, em Bucha, Ucrânia
5 de março
- "O objetivo [da Rússia] é a paz das gerações ucranianas futuras e a oportunidade de, finalmente, criar uma Eurásia aberta -- de Lisboa a Vladivostok."
Dmitri Medvedev, antigo primeiro-ministro e ex-Presidente da Rússia
- "Nem mesmo Lisboa está segura agora?"
Olexander Scherba, ex-embaixador da Ucrânia na Áustria
- "Estamos em abril de 2022, mas parece que estamos em abril de 1937 [quando Guernica foi bombardeada]."
Volodymyr Zelensky
- "Excelente ideia: comecem pelo bombardeamento da Jugoslávia e a ocupação do Iraque. Também podem acrescentar os diretores de produção em Srebrenica. E, claro, o tráfico de órgãos no Kosovo. Quanto terminarem, podem ocupar-se do lançamento da bomba nuclear no Japão."
Maria Zakharova, porta-voz do Ministério dos Negócios Estrangeiros russo, em resposta ao apelo dos Estados Unidos para que o Presidente russo, Vladimir Putin, seja julgado pelo massacre de civis na cidade ucraniana de Bucha
6 de março
- "Os cadáveres em Bucha não existiam antes das tropas russas chegarem, desculpem, antes de elas saírem."
Vassily Nebenzia, embaixador russo junto das Nações Unidas, numa conferência de imprensa sobre as acusações de crimes cometidos contra civis na cidade ucraniana de Bucha
19 de abril
- "90% dos russos estão contra a guerra. (...) Não vejo um único beneficiário desta guerra louca. Pessoas e soldados inocentes estão a morrer."
Oleg Tinkov, oligarca russo, sancionado pelo Reino Unido
20 de abril
- "O PCP não participará numa sessão da Assembleia da República concebida para dar palco à instigação da escalada da guerra, contrária à construção do caminho para a paz, com a participação de alguém como Volodymyr Zelensky, que personifica um poder xenófobo e belicista, rodeado e sustentado por forças de cariz fascista e neonazi, incluindo de caráter paramilitar, de que o chamado batalhão Azov é exemplo."
Paula Santos, líder parlamentar do PCP
21 de abril
- "O vosso povo vai daqui a nada celebrar o aniversário da revolução dos cravos e sabe perfeitamente o que estamos a sentir. Ajudem-nos com tudo o que puderem."
Volodymyr Zelensky, num discurso por videoconferência perante o parlamento português
- "Cada dia de guerra é mais um dia de dor insuportável. As palavras que ouvimos hoje do Presidente da República da Ucrânia abalam-nos."
22 de abril
- "A passividade de António Guterres perante a iminência da guerra na Ucrânia foi inacreditável."
Franz Baumann, ex-secretário-geral adjunto da ONU
23 de abril
- "Disse 'somos todos ucranianos' [na nota publicada pela Presidência após a sessão parlamentar em que interveio o Presidente ucraniano Volodymyr Zelensky]. Se quiser eu posso corrigir, somos quase todos ucranianos, há alguns que não são."
Marcelo Rebelo de Sousa, Presidente da República
- "Tenho muito orgulho em ser português."
Jerónimo de Sousa
- "É errado [o secretário-geral da ONU, António Guterres] ir primeiro à Rússia e vir depois à Ucrânia. Não há justiça nem lógica nessa ordem."
Volodymyr Zelensky, em conferência de imprensa, numa estação de metro no centro de Kyiv, segundo a AFP.
27 de abril
- "Se alguém, insisto, se estiver a preparar para interferir nos acontecimentos em marcha e criar ameaças estratégicas inadmissíveis para a Rússia, deve saber que os nossos ataques de resposta serão relâmpago, rápidos. Dispomos de todos os meios para tal."
Vladimir Putin
1 de maio
- "E se Zelensky é judeu? Isso não nega a presença de elementos nazis na Ucrânia. Quando dizem 'que tipo de nazificação é esta se somos judeus. Se a minha memória não me falha, Hitler também tinha origem judaica."
Serguei Lavrov
4 de amio
- "Ele [Zelensky] aparece na televisão de manhã, de tarde, de noite, aparece no parlamento inglês, no parlamento alemão, no parlamento francês como se estivesse fazendo uma campanha. (...) Esse cara é tão responsável [pela guerra da Ucrânia] como Putin."
Lula da Silva, ex-Presidente do Brasil
6 de maio
- "É preciso entender que defender a liberdade e defender a Ucrânia tem um custo, e os políticos devem poder explicar às pessoas que há que assumir este custo, caso contrário poderia ser pior."
Josep Borrell, Alto Representante da UE para a Política Externa e de Segurança
06-05-2022
8 de maio
- "Hoje, neste 08 de maio, o sonho de uma casa europeia comum em paz foi despedaçado; em seu lugar foi imposto o pesadelo. [A invasão da Ucrânia desencadeada por Vladimir Putin] destrói a ordem pacífica europeia alcançada e mantida desde o final da Segunda Guerra Mundial."
Frank-Walter Steinmeier, Presidente alemão, num evento por ocasião do 77.º aniversário da Capitulação do Terceiro Reich
9 de maio
- "Hoje, as milícias do Donbass, juntamente com o exército russo, estão a lutar nas suas próprias terras (...). Agora dirijo-me às nossas tropas e milícias em Donbass: estão a lutar pela sua pátria, pelo seu futuro, para que ninguém esqueça as lições da Segunda Guerra Mundial, para que não haja espaço para os nazis."
Vladimir Putin, no discurso, na Praça Vermelha, em Moscovo, por ocasião do 77.º aniversário da vitória soviética sobre a Alemanha nazi na Segunda Guerra Mundial
- "Só um louco pode repetir o que aconteceu na Segunda Guerra Mundial e todos os que repitam os crimes que ocorreram na época está a imitar a filosofia nazi."
Volodymyr Zelensky, referindo-se a Putin, num discurso publicado no portal oficial a propósito do dia em que se assinalam os 77 anos do "Dia da Vitória contra a Alemanha Nazi"
- "Vim celebrar o Dia da Europa em Odessa, a cidade onde Pushkin [poeta russo] disse que se pode sentir a Europa."
Charles Michel, Presidente do Conselho Europeu
- "As tentativas dos que hoje visam diminuir, deturpar e negar o papel da União Soviética e dos comunistas na vitória sobre o nazifascismo, que sobre novas roupagens procuram reabilitar o fascismo e que sob o anticomunismo escondem as conceções e os projetos mais reacionários e antidemocráticos, só devem merecer a firme denúncia e rejeição por parte dos democratas."
PCP
11 de maio
- "Se aderirmos [à NATO], a minha resposta [à Rússia] será: 'Foram vocês que fizeram isto, vejam-se ao espelho'."
Sauli Niinistö, Presidente finlandês
16 de maio
- "A Suécia é um centro de incubação de organizações terroristas. Acolhe terroristas. No seu parlamento, há deputados que defendem os terroristas. A quem acolhe terroristas não diremos 'sim' quando quiserem juntar-se à NATO."
Recep Tayyip Erdogan, Presidente turco
21 de maio
- "É com emoção e respeito que aqui venho, em sinal de solidariedade para com este País e este Povo, perante a bárbara agressão russa. Portugal apoia a Ucrânia."
António Costa, em visita a Kiev
24 de maio
- "Prolongar e insistir na guerra muito mais tempo levará a que passe a ser não uma questão de liberdade da Ucrânia mas, sim, uma nova guerra contra a própria Rússia."
Henry Kissinger, antigo secretário de Estado do Estados Unidos
25 de maio
- "Parece que o calendário do senhor Kissinger não está em 2022, mas em 1938."
Volodymyr Zelensky
27 de maio
- "Se o nosso país não suspender a operação militar, então haverá ainda mais órfãos no nosso país. Durante a operação militar, jovens que podiam trazer grande benefício ao nosso país, morreram ou ficaram inválidos."
Leonid Vasiukevich, deputado comunista da região de Primorie, com capital de Vladivostok, ao ler a carta dirigida ao Presidente russo
- "[A Ucrânia é um] negócio fechado. Se for emitida uma ordem após a Ucrânia, vamos mostrar-vos [à Polónia] em seis segundos daquilo que são feitos."
Ramzan Kadyrov, líder da Chechénia, uma província do sul da Rússia, num vídeo colocado na sua página oficial Telegram
1 de junho
- "Há uma grande preocupação com o bloqueio do trigo, do qual dependem milhões de pessoas, especialmente os países mais pobres. Por favor, que esse grão, um alimento básico, não seja usado como arma de guerra."
Papa Francisco
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