Rússia avança devagar, mas ataques aéreos trazem "poder avassalador"

No mais recente relatório sobre a situação na Ucrânia, os serviços secretos britânicos realçam, mais uma vez, as dificuldades das tropas russas em conquistar terreno no Donbass.

Notícia

© Getty Images

Hélio Carvalho
04/06/2022 09:12 ‧ 04/06/2022 por Hélio Carvalho

Mundo

Ucrânia/Rússia

Enquanto a atividade russa no Donbass se resume quase a "ataques profundos usando mísseis de cruzeiro aéreos e de superfície", os serviços secretos do Ministério da Defesa do Reino Unido realçam, este sábado, na sua atualização diária sobre a guerra na Ucrânia, que esta forma de combate tem deixado um rasto de destruição pelo leste da Ucrânia.

Através do Twitter, o governo britânico, que já relatou várias vezes a falta de capacidade técnica e tática dos russos no terreno, disse que "a incapacidade da Rússia de suprimir ou destruir os sistemas de defesa aérea ucranianos, nos primeiros dias do conflito, limitou a sua capacidade de providenciar com apoio tático aéreo os elementos no terreno, contribuindo para o falhanço em avançar em Kyiv".

Como tal, a atividade das tropas russas "tem sido limitada a ataques profundos, com mísseis de cruzeiro aéreos e de superfície", usados para constranger os movimentos ucranianos.

No entanto, como explica o Reino Unido, a capacidade da Rússia de continuar esta guerra continua a cair.

Apesar de a guerra se concentrar mais no Donbass, permitindo aos russos "aumentar o apoio aéreo tático para ajudar no lento avanço" no terreno, e "combinar ataques aéreos e fogos de artilharia massivos para levar o seu poder avassalador", a prevalência de ataques aéreos "falharam em ter um impacto significativo no conflito, e o stock russo de mísseis de precisão estarão provavelmente a acabar".

Ainda assim, o Ministério da Defesa britânico aponta que os ataques com mísseis de longo alcance com menor precisão têm sido "o ponto chave para os recentes sucessos táticos" no Donbass. Mas com mais danos colaterais.

"O aumento de munições sem controlo levou a um aumento generalizado da destruição em áreas construídas no Donbass, e quase certamente causou danos colaterais substanciais e baixas civis", conclui o relatório.

Segundo os dados do Alto Comissariado das Nações Unidas para os Direitos Humanos, a guerra na Ucrânia já provocou mais de 4.100 mortos entre a população civil. No entanto, a organização alerta que o número real de mortos poderá ser muito superior, dadas as dificuldades em contabilizar mortos em regiões controladas ou sitiadas pelos russos, como Mariupol.

Leia Também: Zelensky diz que existe "algum sucesso" em Severodonetsk

Partilhe a notícia

Escolha do ocnsumidor 2025

Descarregue a nossa App gratuita

Nono ano consecutivo Escolha do Consumidor para Imprensa Online e eleito o produto do ano 2024.

* Estudo da e Netsonda, nov. e dez. 2023 produtodoano- pt.com
App androidApp iOS

Recomendados para si

Leia também

Últimas notícias


Newsletter

Receba os principais destaques todos os dias no seu email.

Mais lidas