Vítimas de tiroteios vs. Senadores. "O que estão a fazer?"

Esta terça e quarta-feira vão ser ouvidos os familiares das vítimas dos tiroteios de Buffalo e Uvalde, que ocorreram no mês passado. Também uma das crianças que sobreviveu ao massacre na escola primária Robb será ouvida pelos senadores.

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Notícias ao Minuto
07/06/2022 21:06 ‧ 07/06/2022 por Notícias ao Minuto

Mundo

Tiroteios EUA

O filho de uma das vítimas mortais do tiroteio em Buffalo, no qual morreram dez pessoas, testemunhou, esta terça-feira, no Capitólio. Este é um dos primeiros relatos que serão ouvidos esta semana - entre hoje  e manhã - pelo governo norte-americano, por forma a ser examinado o impacto da violência com recurso a armas de fogo no país.

Ruth Whitfield, de 86 anos, foi uma das vítimas mortais do massacre que ocorreu numa loja em Buffalo, estado de Nova Iorque. O atirador, que, segundo fontes contaram à Associated Press, entrou com equipamento militar e colete à prova de bala, matou, no total, dez pessoas afro-americanas.

No Congresso norte-americano, Garnell Whitfield desafiou os legisladores  a fazerem alguma coisa contra "o cancro que é a supremacia branca".

"O que estão a fazer?", questionou o homem, dirigindo-se aos membros do Comité Judiciário do Senado. "Foram eleitos para nos proteger", referiu, sugerindo que, se não conseguissem, deviam desistir dos seus cargos.

"Não há nada que estejam dispostos a fazer para parar o cancro da supremacia branca e o terrorismo doméstico que esta inspira?", questionou. "Se não houver nada que estejam dispostos a fazer, com todo o respeito, senadores... Deveriam desistir dos vossos cargos de autoridade e influência para que outros que estejam dispostos a fazer alguma coisa os possam ocupar", rematou.

"A vida minha mãe importava", disse o familiar, acrescentando: "As vossas ações vão dizer-nos se e quanto [estas vidas] importam para vocês".

Na quarta-feira, o Congresso deverá ouvir mais familiares de vítimas de tiroteios, e também Miah Cerrillo, a estudante fingiu estar morta espalhando o sangue dos colegas para se proteger, na escola primária Robb, em Uvalde, no Texas. 

Os senadores democratas e republicanos têm-se reunido por forma a chegarem a um acordo sobre uma lei que possa proteger os cidadãos deste tipo de violência. De acordo com a Associated Press, esta lei estará mais focada em focar-se em mudanças políticas, reforços para melhorar a segurança nas escolas e também com o fornecimento de serviços de saúde, ao invés da total proibição de armas. 

Leia Também: EUA. Agentes que não socorreram homem de morrer afogado "cumpriam treino"

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