Na rede social Telegram, o escritor, de 42 anos, explicou que foi acusado de "desacreditar as forças russas" em uma mensagem publicada na Instagram e ter acusado o presidente russo, Vladimir Putin, de ser responsável pelo conflito.
"Estou pronto para repetir tudo o que escrevi: 'Parem a guerra! Admitam que é uma guerra contra uma nação inteira e parem-na!', acrescentou.
Dmitri Gloukhovski, autor do 'best-seller' "Metro 2033", pronunciou-se várias vezes nas redes sociais e na comunicação social ocidental contra a invasão russa da Ucrânia, desde o seu início, em 24 de fevereiro.
Hoje, o tribunal moscovita de Basmanny indicou às agências noticiosas russas que tinha ordenado em 13 de maio que "Gloukhovski seja colocado em prisão provisória por ausência" e o Ministério do Interior russo, que está provavelmente fora da Federação Russa, na sua lista de pessoas procuradas.
A Federação Russa conhece desde o início da invasão da Ucrânia uma repressão acentuada. As autoridades introduziram uma lei que prevê até 15 anos de prisão para punir qualquer publicação de informação sobre os militares que considerem falsa.
Dmitri Gloukhovski conheceu o sucesso com a distopia "Métro 2033", publicada em 2005, onde se imagina um mundo devastado por uma guerra nuclear, onde os únicos sobreviventes se refugiaram no metro do Moscovo.
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