A linha ferroviária circular, em torno do maior deserto da China, o Taklimakan, está distribuída por 2.712 quilómetros, uma vez que o trecho recém-inaugurado foi integrado noutros três já existentes, segundo a empresa estatal China Railway.
O trecho que conecta a cidade de Hotan, no sudoeste de Xinjiang, e a vila de Ruoqiang, no sudeste, leva cerca de 11 horas a ser percorrido, com uma velocidade projetada de 120 quilómetros por hora, e paragem em 22 estações.
A construção da última secção começou em 2018 e usou 434 pilares pré -- fabricados, para criar cinco pontes elevadas, que compõem 49,7 quilómetros da rota.
Os construtores criaram também 50 milhões de metros quadrados de plantação de relva e plantaram 13 milhões de plantas que crescem naquele tipo de solo, como o espinheiro - mar, para proteger a ferrovia, recorrendo a uma técnica muito utilizada na região, frequentemente afetada por tempestades de areia.
A China investiu nos últimos anos na construção de infraestrutura para desenvolver Xinjiang, uma das mais voláteis regiões da China e palco de conflitos étnicos no passado.
Pequim é acusada de abusos contra a minoria étnica chinesa de origem muçulmana uigur, maioritária naquela região do extremo noroeste do país.
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