Numa cerimónia na Embaixada da Polónia em Portugal na quarta-feira, o secretário de Estado da Presidência polaca, Wocjciech Kolarski, entregou as medalhas Virtus et Fraternitas - concedidas aos estrangeiros que contribuíram para o apoio e para a manutenção da memória das vítimas de regimes totalitários - a familiares dos três portugueses.
Num comunicado hoje divulgado pela Embaixada polaca em Lisboa, a Presidência da Polónia informou que Aristides Sousa Mendes foi agraciado pelo papel que teve, enquanto cônsul de Bordéus, durante a Segunda Guerra Mundial, no apoio e salvamento de milhares de judeus que eram perseguidos pelo regime da Alemanha nazi, incluindo inúmeros polacos.
O irmão de Aristides, César de Sousa Mendes - que desde 1933 foi legado português em Varsóvia - foi recordado por, em setembro de 1939, ter sido um dos poucos diplomatas estrangeiros que ficaram em Varsóvia, tendo abrigado vários habitantes da cidade perseguidos pelos alemães.
Pedro Correia Marques, redator principal do jornal A Voz, desde os primeiros dias da Segunda Guerra Mundial, foi recordado por ter descrito a situação da Polónia ocupada, apelando nos seus textos para a ajuda humanitária para o povo polaco.
No texto da Presidência polaca que acompanhou a condecoração a título póstumo, Correia Marques foi lembrado como "o jornalista que mais escreveu sobre o sofrimento dos polacos sob a ocupação alemã e soviética".
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