Em comunicado, o porta-voz de Guterres, Stéphane Dujarric, indicou que o secretário-geral "reafirma a força da democracia colombiana e o progresso trazido pelo processo de paz".
"O Secretário-Geral congratula-se com o diálogo em curso para assegurar uma transição harmoniosa entre as administrações cessantes e as que estão a entrar", diz a nota.
Guterres reafirmou ainda a "prontidão" das Nações Unidas para trabalhar com o novo Governo e o povo da Colômbia em prioridades compartilhadas "de consolidação da paz, avanço dos direitos humanos e desenvolvimento sustentável".
Gustavo Petro foi eleito no domingo o primeiro Presidente de esquerda na história da Colômbia, obtendo 50,47% dos votos na segunda volta das eleições, de acordo com os resultados oficiais, tendo a líder afro-colombiana Francia Márquez como sua vice-presidente.
Petro, um economista de 62 anos, sucederá ao Presidente Iván Duque a partir de 07 de agosto e governará até 2026, prometendo alargar programas sociais e aumentar os impostos para os mais ricos, para recuperar uma economia muito fragilizada, naquela que é a terceira maior nação da América Latina.
Com a inflação a atingir o patamar dos dois dígitos e com a taxa de desemprego jovem a superar os 20%, muitos jovens identificaram-se com o discurso de Petro, prometendo uma recuperação da economia que ressuscite a classe média.
Nesse sentido, a voz de Petro junta-se à de outros países na América Latina, que procuram novos rumos políticos, mais encostados à esquerda, que poderão tentar entender-se entre si.
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