"Cidadãos da Ucrânia" que resistem à guerra são exemplos para Zelensky
O líder ucraniano comparou ainda a Rússia ao vilão Lord Voldemort, da série de fantasia 'Harry Potter', da autora britânica J. K. Rowling, assumindo o papel do herói da aventura - Harry Potter.
© Getty Images
Mundo Ucrânia/Rússia
O presidente ucraniano, Volodymyr Zelensky, revelou, esta quarta-feira, que os cidadãos ucranianos que resistem à invasão russa são o seu exemplo, durante uma conversa em vídeo com os estudantes da Universidade de Toronto, no Canadá. Comparou também a Rússia ao vilão Lord Voldemort, da série de fantasia ‘Harry Potter’, da autora britânica J. K. Rowling, assumindo o papel do herói da aventura.
Em conversa com os alunos da Munk School of Global Affairs and Public Policy, Zelensky revelou que o seu exemplo são “os cidadãos da Ucrânia, e há muitos”, cita a agência Reuters.
“Um agricultor pode pegar no seu trator e bloquear uma rua aos tanques russos, uma mulher pode sair e parar veículos armados com as próprias mãos… São essas as pessoas que admiro”, confessou, vestido a rigor com um uniforme militar.
Os estudantes notaram ainda que o líder ucraniano tem sido comparado com Winston Churchill, primeiro-ministro britânico durante a Segunda Guerra Mundial, e com Harry Potter, o jovem feiticeiro que derrotou o seu inimigo, Lord Voldemort.
“Obrigada por essas comparações bondosas. Harry Potter é melhor do que Voldemort, e sabemos quem é o Voldemort nesta guerra, e quem é o Harry Potter, por isso sabemos como é que a guerra vai acabar”, considerou Zelensky.
Lançada a 24 de fevereiro, a ofensiva militar russa na Ucrânia já provocou a fuga de mais de 15 milhões de pessoas - mais de oito milhões de deslocados internos e mais de 7,5 milhões para os países vizinhos -, de acordo com os mais recentes dados da Organização das Nações Unidas (ONU), que classifica esta crise de refugiados como a pior na Europa desde a Segunda Guerra Mundial (1939-1945). Além disso, cerca de 15 milhões de pessoas necessitam de assistência humanitária.
A ONU confirmou ainda que mais de quatro mil civis morreram e outros mais de cinco mil ficaram feridos na guerra, sublinhando que os números reais poderão ser muito superiores e só serão conhecidos quando houver acesso a zonas cercadas ou sob intensos combates.
A invasão russa - justificada pelo presidente russo, Vladimir Putin, com a necessidade de "desnazificar" e desmilitarizar a Ucrânia para segurança da Rússia - foi condenada pela generalidade da comunidade internacional, que respondeu com o envio de armamento para a Ucrânia e a imposição à Rússia de sanções que atingem praticamente todos os setores.
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