"<span class="news_bold">Toda a mulher deve ter o direito de escolher quando se trata do seu corpo e da sua saúde. Ponto final. O aborto seguro é um cuidado de saúde e salva vidas", salientou o diretor-geral da OMS em conferência de imprensa.
O Supremo Tribunal dos Estados Unidos da América (EUA) revogou, recentemente, uma decisão que vigorava desde 1973 e que garantia o direito das mulheres norte-americanas ao aborto.
Essa decisão não torna ilegais as interrupções voluntárias da gravidez, mas permite que cada estado seja livre para autorizá-las ou não.
A decisão foi aprovada por seis juízes conservadores (metade deles nomeados pelo antigo Presidente, Donald Trump) contra três liberais e colocou a regulamentação do aborto na tutela dos estados norte-americanos, sendo que 13 já tinham leis destinadas a proibir o aborto de forma imediata.
Na conferência de imprensa, Tedros Adhanom Ghebreyesus salientou que a decisão judicial norte-americana constituiu "um retrocesso", tendo em conta que a tendência global dos últimos 40 anos é para disponibilizar às mulheres condições seguras para a interrupção voluntária da gravidez.
"A evidência é irrefutável. Limitar o acesso a abortos seguros custa vidas e tem um grande impacto particularmente em mulheres das comunidades mais pobres e mais marginalizadas", alertou o diretor-geral da organização.
Tedros Adhanom Ghebreyesus manifestou ainda "preocupação" com os possíveis impactos da decisão do Supremo Tribunal dos Estados Unidos noutros países, que poderão seguir a mesma opção em relação ao aborto.
Leia Também: OMS confiante nas medidas para gerir riscos da Covid-19 no Mundial2022