"As unidades que efetuaram missões de combate durante a operação militar especial estão a tomar medidas para reabastecer as capacidades de combate. Os militares têm a oportunidade de relaxar, receber cartas e encomendas de casa", escreveu num comunicado o porta-voz do ministério da Defesa russo, Igor Konashenkov, citado pela agência de notícias Europa Press.
Konashenkov não especificou a duração prevista para este intervalo ou em que áreas de combate está a ser implementado.
Por outro lado, o Instituto para o Estudo da Guerra, dos Estados Unidos, (Institute for the Study of War; ISW) assegurou que as forças russas não cessaram as hostilidades e "é improvável que o façam".
"As forças russas ainda realizaram ofensivas terrestres limitadas e ataques aéreos, de artilharia e com mísseis, em todos os eixos a 07 de Julho, e é provável que se continuem a limitar a ações ofensivas de pequena escala à medida que restabelecem as forças e as condições para uma ofensiva mais significativa", disse o ISW na rede social Twitter.
Numa entrevista com o antigo advogado Mark Feigin - conhecido pelo ativismo contra o Presidente russo Vladimir Putin - , publicada na plataforma Youtube, o conselheiro presidencial ucraniano Oleksiy Arestovych realçou que ataques ucranianos a armazéns russos levaram as tropas russas a fazer uma pausa.
"Os ataques aos armazéns enfraqueceram significativamente a capacidade de o fazer de uma forma rápida e organizada. (...) As suas reservas estão diminuídas e irão diminuir", explicou Arestovych, em declarações divulgadas pela emissora ucraniana TCH.
"O ritmo da ofensiva abrandou", notou.
A Rússia lançou, em 24 de fevereiro, uma ofensiva militar na Ucrânia, condenada pela generalidade da comunidade internacional, que respondeu com o envio de armamento para a Ucrânia e o reforço de sanções económicas e políticas a Moscovo.