De acordo com uma nota do porta-voz, "o secretário-geral das Nações Unidas afirmou que está triste com a notícia da morte do ex-presidente de Angola, José Eduardo dos Santos", que faleceu hoje em Barcelona.
O também antigo primeiro-ministro português "salientou ainda que sob a liderança de José Eduardo dos Santos, o país assinou o acordo de paz, de 2002, que colocou fim à guerra civil, que eclodiu após a independência", lê-se ainda na nota, que o antigo chefe de Estado transformou Angola num "importante parceiro regional e do multilateralismo".
Na nota, "António Guterres lembrou que como presidente angolano, José Eduardo dos Santos levou a nação a tornar-se um importante parceiro regional e internacional e salientou o legado de dos Santos para o multilateralismo", lê-se ainda na nota.
José Eduardo dos Santos morreu hoje aos 79 anos numa clínica em Barcelona, Espanha, após semanas de internamento, anunciou a presidência angolana, que decretou cindo dias de luto nacional.
José Eduardo dos Santos sucedeu a Agostinho Neto como Presidente de Angola em 1979 e deixou o cargo em 2017, cumprindo uma das mais longas presidências no mundo, marcada por acusações de corrupção e nepotismo.
Em 2017, renunciou a recandidatar-se e o atual Presidente, João Lourenço, sucedeu-lhe no cargo, tendo sido eleito também pelo Movimento Popular de Libertação de Angola (MPLA), que governa no país desde a independência de Portugal, em 1975.
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