Sete mulheres foram raptadas e torturadas durante duas semanas sob acusações de "bruxaria" após residentes da sua aldeia rural Chillia, no Peru, terem adoecido.
O crime está a ser investigado pelas autoridades peruanas que revelaram que as mulheres foram capturadas dia 29 de junho pelas chamadas 'patrulhas camponesas' que atuam como agentes da lei e ordem em zonas rurais do país.
"Foram detidas por bruxaria", admitiu a Provedora dos Direitos Humanos peruana, Eliana Revollar, ao revelar que o gabinete está a investigar o assunto.
Por insistência do governo, as vítimas, com idades entre os 43 e 70 anos, foram libertadas na terça-feira após ter sido divulgado um vídeo de uma mulher pendurada por um pé a ser açoitada, enquanto outra, nua, estava a ser interrogada, para confessarem ser bruxas.
O chefe do gabinete do Provedor de Justiça na região de La Libertad, José Luis Aguero, relatou que os raptores "despiam" as mulheres, "colocavam urtigas no seu corpo" e "chicoteavam-nas". Para serem libertadas, as mulheres tiveram que assinar documentos onde concordaram em não denunciar os raptores e "não exercer feitiçaria", admitiu Eliana Revollar.
Segundo o jornal americano Barron's, também um homem foi raptado, contudo, não há provas de que foi espancado.
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