Homem que agitou bandeira da Confederação condenado a 5 meses de prisão

O homem do estado norte-americano do Maryland que agitou uma bandeira da Confederação durante o ataque ao Capitólio dos Estados Unidos acusado de agredir um polícia foi condenado na quarta-feira a cinco meses de prisão, segundo o Departamento de Justiça.

Notícia

© Reuters

Lusa
14/07/2022 07:07 ‧ 14/07/2022 por Lusa

Mundo

Capitólio

O juiz distrital dos Estados Unidos Christopher Cooper também condenou David Blair a 18 meses de liberdade condicional, após cumprir a sua pena de prisão, e ordenou que pagasse 2.000 dólares (cerca de 1.986 euros), disse o porta-voz do Ministério Público dos Estados Unidos no Distrito de Columbia, William Miller.

Os procuradores federais recomendaram condenar Blair a oito meses de prisão, seguidos de três anos de liberdade condicional.

O advogado do condenado, Terrell Roberts III, pediu uma sentença de liberdade condicional.

Em março, Blair, de 27 anos, declarou-se culpado por agredir um polícia que estava a tentar dispersar uma multidão de manifestantes, no dia 06 de janeiro de 2021.

Blair foi acusado de agredir um agente do Departamento da Polícia Metropolitana fora do Capitólio durante o ataque de manifestantes pró-Trump no ano passado.

Usando uma máscara facial com uma caveira, Blair insultou o polícia e atingiu-o com bastão de lacrosse (desporto essencialmente praticado nos Estados Unidos e Canadá) de madeira enfeitado com uma bandeira dos Estados Confederados, adiantaram os procuradores.

A câmara de vídeo num uniforme de um policial gravou um David Blair a agitar a bandeira na frente de uma multidão que estava a ser dispersa pela polícia.

As forças policiais inicialmente detiveram o homem no dia do ataque e levaram-no a um hospital para ser tratado devido a corte na cabeça.

O FBI prendeu Blair em fevereiro de 2021. Um grande júri federal indicou-o por acusações que incluíam agredir, resistir ou impedir a polícia com uma arma perigosa, um mastro.

A defesa do então acusado contestou que o mastro -- um bastão de lacrosse -- era uma arma mortal ou perigosa.

Os procuradores disseram que Blair recusou-se a obedecer às ordens para sair de West Lawn, numa zona restrita do Capitólio, antes de agredir o agente.

"O registo confirma que Blair ouviu essa ordem, porque gritou para o grupo: 'Parem de recuar!' e 'Somos [norte-]americanos!'", escreveram.

Os procuradores também sustentaram que a polícia revistou legalmente a mochila da David Blair.

Agentes do FBI apreenderam um caderno com apontamentos sobre os eventos de 06 de janeiro de 2021 quando revistaram a residência do acusado -- onde vivia com a mãe -- em Clarksburg, no Maryland.

A frase "Save USA" (Salvem os Estados Unidos", em tradução livre) estava escrita no topo de uma página do caderno, acrescentou o FBI.

Até ao momento, cerca de 840 pessoas foram acusadas de crimes federais relacionados ao motim do Capitólio, das quais mais de 330 se declararam culpadas. Mais de 200 foram condenadas, incluindo cerca de 100 que receberam penas de prisão que variam de nove dias a mais de cinco anos.

Leia Também: Comissão coopera com Justiça sobre esquema para manter Trump no poder

Partilhe a notícia

Escolha do ocnsumidor 2025

Descarregue a nossa App gratuita

Nono ano consecutivo Escolha do Consumidor para Imprensa Online e eleito o produto do ano 2024.

* Estudo da e Netsonda, nov. e dez. 2023 produtodoano- pt.com
App androidApp iOS

Recomendados para si

Leia também

Últimas notícias


Newsletter

Receba os principais destaques todos os dias no seu email.

Mais lidas