EUA acusam 60 indivíduos de países da América Central de corrupção

O governo dos Estados Unidos da América (EUA) acusou esta quarta-feira 60 funcionários e ex-funcionários governamentais em El Salvador, Honduras, Guatemala e Nicarágua, bem como juízes e procuradores nesses países, de corrupção.

Notícia

© STEFANI REYNOLDS/POOL/AFP via Getty Images

Lusa
21/07/2022 06:39 ‧ 21/07/2022 por Lusa

Mundo

EUA

Numa declaração, o Secretário de Estado Antony Blinken acusou estes indivíduos de "corrupção significativa", obstrução a investigações e de minarem os processos e as instituições democráticas dos respetivos países, contribuindo ainda para "a migração irregular e a desestabilização das sociedades".

Estes elementos foram incluídos na chamada "lista Engel" de agentes corruptos e antidemocráticos, aos quais será negada a entrada nos EUA e não será possível obter vistos para viajar para o país.

Ao contrário da lista de 2021, que não incluía nenhum cidadão do Nicarágua, este ano as autoridades norte-americanas decidiram incluir 23 juízes e procuradores deste país. Foram ainda acusados seis salvadorenhos, 16 guatemaltecos e 15 hondurenhos.

Entre os nicaraguenses encontram-se os procuradores Yubelca del Carmen Pérez Alvarado, Jorge Luis Arias Jarquín, Marling de Jesús Castro Rodríguez e Andrea del Carmen Salas, do Ministério Público de Manágua; assim como Perla de los Ángeles Baca, procurador chefe do departamento de Chinandega, e Luis Alberto Mena Gámez, procurador de Nueva Segovia.

Das Honduras, os EUA designaram, entre outros, o vice-presidente do Congresso, Rasel Antonio Tomé Flores; o congressista Edgardo Antonio Casaña Mejía; o antigo diretor da Polícia Nacional, Juan Carlos Bonilla Valladares, e o antigo ministro da Saúde, Javier Pastor Vásquez.

Já os guatemaltecos visados incluem os juízes do Supremo Tribunal Nery Osvaldo Medina Méndez e Vitalina Orellana y Orellana, além do chefe da Procuradoria Especial contra a Impunidade (Feci), Rafael Curruchiche, e a diretora do Instituto das Vítimas, Alejandra Carrillo.

Relativamente a El Salvador, os EUA incluíram o antigo ministro da Segurança Pública René Mario Figueroa e a sua esposa, Cecilia Coronada Alvarenga de Figueroa; o presidente da Câmara de San Miguel, José Wilfredo Salgado García; o conselheiro jurídico presidencial Francisco Javier Argueta Gómez e o secretário de imprensa presidencial José Ernesto Sanabria.

O registo de nomes foi divulgado em conformidade com a lei "Enhanced U.S.-Northern Triangle Engagement Act", aprovada em dezembro de 2020, sendo esta a segunda lista deste tipo a ser divulgada pelo governo dos Estados Unidos.

Antony Blinken disse ainda na sua nota que os "cidadãos da América Central merecem e esperam governos que respeitem os seus direitos humanos, cumpram a lei e criem as condições para que os indivíduos e as comunidades floresçam".

E concluiu: "Os EUA continuarão a trabalhar com funcionários e organizações que demonstrem dedicação à luta contra a corrupção e ao reforço da governação democrática".

Leia Também: EUA vão enviar mais quatro sistemas Himars pedidos por Kyiv

Partilhe a notícia

Produto do ano 2024

Descarregue a nossa App gratuita

Oitavo ano consecutivo Escolha do Consumidor para Imprensa Online e eleito o produto do ano 2024.

* Estudo da e Netsonda, nov. e dez. 2023 produtodoano- pt.com
App androidApp iOS

Recomendados para si

Leia também

Últimas notícias


Newsletter

Receba os principais destaques todos os dias no seu email.

Mais lidas