Numa declaração, o Secretário de Estado Antony Blinken acusou estes indivíduos de "corrupção significativa", obstrução a investigações e de minarem os processos e as instituições democráticas dos respetivos países, contribuindo ainda para "a migração irregular e a desestabilização das sociedades".
Estes elementos foram incluídos na chamada "lista Engel" de agentes corruptos e antidemocráticos, aos quais será negada a entrada nos EUA e não será possível obter vistos para viajar para o país.
Ao contrário da lista de 2021, que não incluía nenhum cidadão do Nicarágua, este ano as autoridades norte-americanas decidiram incluir 23 juízes e procuradores deste país. Foram ainda acusados seis salvadorenhos, 16 guatemaltecos e 15 hondurenhos.
Entre os nicaraguenses encontram-se os procuradores Yubelca del Carmen Pérez Alvarado, Jorge Luis Arias Jarquín, Marling de Jesús Castro Rodríguez e Andrea del Carmen Salas, do Ministério Público de Manágua; assim como Perla de los Ángeles Baca, procurador chefe do departamento de Chinandega, e Luis Alberto Mena Gámez, procurador de Nueva Segovia.
Das Honduras, os EUA designaram, entre outros, o vice-presidente do Congresso, Rasel Antonio Tomé Flores; o congressista Edgardo Antonio Casaña Mejía; o antigo diretor da Polícia Nacional, Juan Carlos Bonilla Valladares, e o antigo ministro da Saúde, Javier Pastor Vásquez.
Já os guatemaltecos visados incluem os juízes do Supremo Tribunal Nery Osvaldo Medina Méndez e Vitalina Orellana y Orellana, além do chefe da Procuradoria Especial contra a Impunidade (Feci), Rafael Curruchiche, e a diretora do Instituto das Vítimas, Alejandra Carrillo.
Relativamente a El Salvador, os EUA incluíram o antigo ministro da Segurança Pública René Mario Figueroa e a sua esposa, Cecilia Coronada Alvarenga de Figueroa; o presidente da Câmara de San Miguel, José Wilfredo Salgado García; o conselheiro jurídico presidencial Francisco Javier Argueta Gómez e o secretário de imprensa presidencial José Ernesto Sanabria.
O registo de nomes foi divulgado em conformidade com a lei "Enhanced U.S.-Northern Triangle Engagement Act", aprovada em dezembro de 2020, sendo esta a segunda lista deste tipo a ser divulgada pelo governo dos Estados Unidos.
Antony Blinken disse ainda na sua nota que os "cidadãos da América Central merecem e esperam governos que respeitem os seus direitos humanos, cumpram a lei e criem as condições para que os indivíduos e as comunidades floresçam".
E concluiu: "Os EUA continuarão a trabalhar com funcionários e organizações que demonstrem dedicação à luta contra a corrupção e ao reforço da governação democrática".
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