Washington condena ataque ao porto de Odessa

Os Estados Unidos condenaram hoje os ataques com mísseis russos ao porto ucraniano de Odessa, no Mar Negro, dizendo que "lançam sérias dúvidas" sobre o compromisso que a Rússia assumiu na sexta-feira de desbloquear as exportações de cereais.

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© Getty Images

Lusa
23/07/2022 22:57 ‧ 23/07/2022 por Lusa

Mundo

Ucrânia/Rússia

"Este ataque lança sérias dúvidas sobre a credibilidade do compromisso da Rússia com o acordo de ontem [sexta-feira] e mina o trabalho da ONU, Turquia e Ucrânia para entregar alimentos aos mercados globais", disse o secretário de Estado dos EUA, Antony Blinken, em comunicado.

O porto comercial de Odessa é um ponto chave para a exportação de cereais pelo Mar Negro.

"O Kremlin continua a mostrar desprezo pela segurança de milhões de civis enquanto perpetua seu ataque à Ucrânia", afirmou o chefe da diplomacia norte-americana no comunicado, acrescentando que a Rússia "priva a Ucrânia de sua vitalidade económica e o mundo dos seus alimentos".

Este acordo de sexta-feira, patrocinado pela Turquia e pelas Nações Unidas e assinado separadamente pela Rússia e Ucrânia, prevê um corredor marítimo para aliviar a crise alimentar causada pelo bloqueio russo aos portos ucranianos no Mar Negro desde o início da invasão, em 24 de fevereiro.

Para Blinken, a Rússia tem é a responsável pelo agravamento da crise alimentar mundial "e deve cessar sua agressão e cumprir totalmente o acordo feito".

As autoridades ucranianas relataram hoje um ataque russo ao porto comercial de Odessa, 24 horas depois do acordo assinado entre Rússia e Ucrânia para permitir a exportação daquele produto.

O Governo ucraniano acusou a Rússia de "cuspir na cara" da ONU e da Turquia com o ataque.

Por seu lado, a Rússia negou qualquer envolvimento nos ataques contra o porto de Odessa, disse o ministro da Defesa turco, Hulusi Akar.

"Os russos disseram-nos que não tinham absolutamente nada a ver com este ataque e que estavam a analisar o assunto", disse o ministro turco, enquanto Moscovo não reagiu oficialmente.

Leia Também: Londres condena ataque "absolutamente terrível" ao porto de Odessa

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