Presidentes dos EUA e da China falam ao telefone na quinta-feira

A chamada telefónica planeada entre o Presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, e o da China, Xi Jinping, vai acontecer na quinta-feira, avança hoje a imprensa norte-americana.

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© Doug Mills-Pool/Getty Images

Lusa
27/07/2022 14:35 ‧ 27/07/2022 por Lusa

Mundo

Xi Jinping

A situação em Taiwan e a guerra na Ucrânia serão duas das questões que os líderes irão discutir, naquela que será a quinta conversa entre os dois desde que Biden chegou à Casa Branca, em janeiro de 2021, como lembrou, na terça-feira, o porta-voz do Conselho de Segurança Nacional, John Kirby.

A ênfase será colocada, disse Kirby, nas questões de segurança e nas reivindicações territoriais da China.

Nesse sentido, além de Taiwan, os dois líderes vão falar também sobre o mar da China Meridional, região em que se estima que exista o equivalente a 11.000 milhões de barris de petróleo e que o gigante asiático disputa com Taiwan, Brunei, Indonésia, Filipinas, Malásia e Vietname.

A outra grande questão será a economia, embora Kirby tenha admitido que os Estados Unidos não deverão tomar, antes da chamada telefónica, uma decisão sobre a continuidade das taxas sobre produtos chineses impostas pelo ex-Presidente Donald Trump.

Biden "quer garantir que todas as linhas de comunicação com o Presidente Xi se mantêm abertas em todas as questões, mesmo nas problemáticas", sublinhou Kirby, que defendeu a importância de os dois líderes poderem comunicar por telefone de forma "cândida e direta".

A Casa Branca tem criado expectativas há semanas sobre o telefonema entre Biden e Xi.

Entretanto, a possibilidade de a presidente do Congresso, a democrata Nancy Pelosi, visitar Taiwan em agosto, também começou a gerar tensão entre os dois países.

Pelosi ainda não anunciou oficialmente nenhuma viagem, mas o Governo chinês já alertou que responderá com "medidas fortes" se a visita se confirmar.

Taiwan é um dos principais motivos do conflito entre a China e os Estados Unidos, principalmente porque Washington é o principal fornecedor de armas de Taiwan e seria seu maior aliado militar no caso de uma possível guerra com a China.

Leia Também: EUA terá de assumir "todas as consequências" se Pelosi for a Taiwan

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