EUA 'oferecem' traficante de armas russo em troca de Griner e Whelan

O plano de troca de Bout por Whelan e Griner recebeu o apoio do Presidente Joe Biden.

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Notícias ao Minuto
27/07/2022 20:32 ‧ 27/07/2022 por Notícias ao Minuto

Mundo

Ucrânia/Rússia

Após meses de debate interno, a administração Biden ofereceu-se para trocar Viktor Bout, um traficante de armas russo condenado a cumprir uma pena de prisão de 25 anos nos EUA, como parte de um potencial acordo para assegurar a libertação de dois americanos detidos pela Rússia, Brittney Griner e Paul Whelan.

Segundo noticia a CNN, o plano de troca de Bout por Whelan e Griner recebeu o apoio do Presidente Joe Biden depois de estar em discussão desde o início deste ano. O apoio de Biden à troca anula a oposição do Departamento de Justiça, que é geralmente contra o comércio de prisioneiros.

O Secretário de Estado António Blinken anunciou quarta-feira que os EUA apresentaram uma "proposta substancial" a Moscovo "há semanas" para Whelan e Griner, classificados como detidos injustamente. O alto diplomata norte-americano disse que tencionava discutir o assunto numa chamada com o Ministro dos Negócios Estrangeiros russo Sergey Lavrov esta semana.

Hoje mesmo, Brittney Griner falou perante o tribunal e reafirmou que não teve consciência de estar a introduzir substâncias interditas na Rússia, referindo-se à canábis para cigarros eletrónicos que tinha na mala. 

Griner, que joga na Rússia no Ekaterinburgo, tinha na mala de viagem recargas de óleo de canábis para serem consumidas através de cigarros eletrónicos. Alega que não sabe como isso foi parar à sua mala e que desconhecia a proibição na Rússia, tanto mais que lhe foram prescritos por médico.

Pela lei russa, arrisca-se a uma pena de prisão de 10 anos.


As famílias de Whelan, que estão detidas pela Rússia por alegada espionagem desde 2018, e a estrela da WNBA Griner, presa em Moscovo por posse de droga desde fevereiro, instaram a Casa Branca a assegurar a sua libertação, inclusive através de uma troca de prisioneiros, se necessário.

O governo dos EUA há muito que resiste às trocas de prisioneiros, alegando que apenas incentivam os países a deter americanos para que possam ser usados como moeda de troca. Os defensores questionaram estas preocupações e argumentaram que é mais importante que os americanos possam regressar a casa.

Entre os altos funcionários da administração Biden, a ideia de troca de prisioneiros ganhou novo ímpeto no início deste ano após a libertação bem sucedida de Trevor Reed, um antigo fuzileiro naval que foi mantido em cativeiro na Rússia durante mais de dois anos.

Reed foi trocado por Konstantin Yaroshenko, um piloto russo que cumpriu então uma pena de 20 anos de prisão federal por conspiração de contrabando de cocaína.

Leia Também: EUA doam 500 milhões para apoiar empresas e serviços públicos ucranianos

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