Os EUA decidiram adiar um teste de míssil balístico intercontinental (ICBM) previsto para os próximos dias "para evitar uma nova escalada das tensões", acrescentou John Kirby, durante um encontro com jornalistas.
"No momento em que a China faz exercícios militares desestabilizadores em torno de Taiwan, os EUA comportam-se, ao contrário, como uma potência nuclear responsável, reduzindo o risco de mal-entendidos", salientou.
O porta-voz recordou que o presidente Joe Biden tinha falado com o seu homólogo chinês, Xi Jinping, na semana passada, deixando entender que novos contactos com as autoridades chinesas poderiam ocorrer em breve.
"As linhas de comunicação continuam abertas com Pequim e penso que podem constatar isso nos próximos dias", disse. "É muito importante", acentuou.
A China "disparou 11 mísseis balísticos em direção de Taiwan, e caíram a nordeste, a leste e sudeste da ilha", detalhou Kirby, porta-voz de Biden para as questões estratégicas.
"Condenamos estes atos, que são irresponsáveis", acrescentou.
Pequim utilizou a visita da presidente da Câmara dos Representantes, Nancy Pelosi, a Taiwan, na terça e quarta-feira, como "pretexto para aumentar as suas operações militares provocadoras no e em torno do Estreito de Taiwan".
Kirby enfatizou ainda que os EUA "não serão dissuadidos de operar no mar e no céu do Pacífico Oeste em respeito pelo Direito Internacional, como fazem desde há décadas, em defesa de Taiwan e um Indo-Pacífico livre e aberto".
Foi com este objetivo que o secretário da Defesa, Lloyd Austin, decidiu manter na região "um pouco mais do que previsto" o porta-aviões USS Ronald Reagan e o seu grupo, que cruza atualmente o Mar das Filipinas, para "acompanhar a situação", avançou Kirby.
Entretanto, o teste do IBCM adiado mantém-se e vai ser feito mais tarde.
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