Volodymyr Zelensky, presidente da Ucrânia, visitou no dia 29 de julho um hospital onde se encontravam vários feridos de guerra. Entre eles, estava Juan, um cidadão espanhol, que respondeu ao apelo do líder ucraniano aquando do início da guerra.
"Se fosse rico tinha doado dinheiro para ajudar a Ucrânia. Se fosse médico, tinha vindo tratar dos doentes. Mas sei lutar, por isso decidi ajudar da melhor forma que pude", afirmou.
Juan tem 13 anos de experiência militar, relata o El Mundo, e após cinco meses de luta contra os invasores, considera a Ucrânia praticamente a sua casa. Aqui, já aprendeu a falar a língua local e quando precisa recorre ao tradutor da Google.
John ajudou a repelir a tentativa da Rússia de capturar Kyiv e depois juntou-se à unidade 'Arey' do Exército Voluntário Ucraniano, cujos soldados pertencem à defesa territorial de Kryvyi Rih. Durante algum tempo, serviu como instrutor, mas depois lutou como atirador furtivo pela unidade numa zona rural na região sul de Kherson.
Juan ficou ferido depois do edifício onde estava abrigado ter sido alvo de intensos ataques russos. O homem foi salvo pelos seus companheiros.
"O meu coração parou duas vezes a caminho do hospital. Os meus camaradas e os paramédicos reanimaram-me", conta, lembrando que passou cinco dias numa Unidade de Cuidados Intensivos (UCI), tendo depois sido transferido para um hospital em Odesa.
Foi aqui que foi recentemente surpreendido por Zelensky que, numa visita à unidade hospitalar, tirou uma fotografia com o espanhol. O momento foi até partilhado pelo líder ucraniano na sua página de Instagram [pode ver Juan ao segundo 50 do vídeo que se segue].
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Juan perdeu parte dos dedos da mãe direita e parte do músculo da coxa direita. Também tem lesões hepáticas e renais.
Ao El Mundo o homem diz que o país precisa de mais artilharia e de mais soldados estrangeiros disponíveis para ajudar no combate.
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