O programa, que vai ser realizado ao longo de 2022 impulsionado pelo Exército britânico, visa proporcionar "formação militar básica" a cerca de 10 mil voluntários ucranianos.
Desta forma, as autoridades finlandesas responderam ao pedido de colaboração lançado a partir de Londres, como destacou o Ministério da Defesa num comunicado.
O Canadá também já havia aderido ao programa e confirmou que iria enviar mais de 220 militares, na sua maioria instrutores, para o Reino Unido durante mais de quatro meses.
O primeiro-ministro britânico, Boris Johnson, prometeu ao Presidente ucraniano, Volodymyr Zelensky, treinar tropas ucranianas no Reino Unido para aumentar as capacidades defensivas da Ucrânia face à invasão russa.
A ofensiva militar lançada a 24 de fevereiro pela Rússia na Ucrânia causou já a fuga de quase 17 milhões de pessoas de suas casas -- mais de seis milhões de deslocados internos e mais de dez milhões para os países vizinhos -, de acordo com os mais recentes dados da ONU, que classifica esta crise de refugiados como a pior na Europa desde a Segunda Guerra Mundial (1939-1945).
Também segundo as Nações Unidas, cerca de 16 milhões de pessoas necessitam de assistência humanitária na Ucrânia.
A invasão russa -- justificada pelo Presidente russo, Vladimir Putin, com a necessidade de "desnazificar" e desmilitarizar a Ucrânia para segurança da Rússia - foi condenada pela generalidade da comunidade internacional, que está a responder com o envio de armamento para a Ucrânia e a imposição à Rússia de sanções que atingem praticamente todos os setores, da banca à energia e ao desporto.
A ONU confirmou que 5.401 civis morreram e 7.466 ficaram feridos na guerra, que hoje entrou no seu 166.º dia, sublinhando que os números reais deverão ser muito superiores e só serão conhecidos quando houver acesso a zonas cercadas ou sob intensos combates.
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