O antigo presidente dos Estados Unidos (EUA), Donald Trump, invocou a Quinta Emenda da constituição norte-americana para se recusar a responder às perguntas da procuradora-geral de Nova Iorque num depoimento agendado para esta quarta-feira.
O antigo governante ia ser questionado pelo gabinete de Letitia James no âmbito da investigação de fraude fiscal em que está envolvido.
"Sob o conselho do meu advogado recusei-me a responder às perguntas sobre os direitos e privilégios concedidos a todos os cidadãos na Constituição dos Estados Unidos", disse Trump numa declaração citada pela CNN Internacional.
Recorde-se que a confirmação de que prestaria depoimentos tinha sido feita esta manhã pelo próprio na sua rede social Truth Social. Numa publicação, referia que a investigação por fraude fiscal era uma "caça às bruxas" e que a sua "grande empresa" e ele próprio estão "a ser atacados por todos os lados" concluindo as críticas com a expressão "República das bananas".
A investigação em causa dura há mais de três anos e visa as finanças da Organização Trump em que, segundo o gabinete da procuradora-geral, existirão provas de que a empresa do ex-presidente dos EUA terá usado avaliações de ativos “fraudulentas ou enganosas” para obter empréstimos e benefícios fiscais.
O ex-presidente norte-americano negou sempre as acusações, afirmando que a investigação tinha motivações políticas.
Este depoimento acontece durante uma semana particularmente complicada para o ex-presidente. Na segunda-feira, o FBI executou um mandado de busca na sua residência principal em Mar-a-Lago, na Flórida, relacionado com uma investigação sobre o desaparecimento de documentos confidenciais. Na terça-feira, o tribunal federal de apelações negou o seu esforço de longa data para impedir um comité do Congresso dos Estados Unidos de obter as suas declarações de impostos.
[Notícia atualizada às 16h24]
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