A Ucrânia acusou, esta quarta-feira, a Rússia de explorar a posição que detém na central nuclear de Zaporizhzhia (Zaporíjia) para atingir uma cidade próxima, Marhanets, através de um ataque com mísseis que matou pelo menos 13 pessoas e deixou muitas outras gravemente feridas.
Na sequência dessa ocorrência, Andriy Yermak, chefe do gabinete de Volodymyr Zelensky, veio culpar a Rússia de lançar impunemente ataques contra cidades ucranianas a partir da central nuclear de Zaporizhzhia, sabendo que seria arriscado para as tropas de Kyiv ripostarem, noticia a Reuters.
"A nação terrorista continua a lutar contra a população civil. Os russos cobardes não podem fazer mais nada, pelo que atacam cidades enquanto estão ignobilmente escondidos na central atómica de Zaporizhzhia", escreveu Yermak na rede social Telegram.
Sobre o ataque a Marhanets, o chefe do gabinete presidencial destacou que "80 foguetes reativos disparados contra edifícios residenciais", através da mesma publicação.
A cidade que a Ucrânia diz ter sido o alvo da Rússia - Marhanets - é uma cidade que Moscovo alega ter sido utilizada, no passado, por Kyiv para bombardear as forças russas que estão escondidas na central nuclear de Zaporizhzhia, que foi tomada pelos russos em março.
De recordar que a Rússia garante não visar deliberadamente elementos civis com os seus ataques, no contexto daquilo que descreve como sendo uma "operação militar especial" com vista à sua "desmilitarização" e "desnazificação".
Desconhece-se o número de baixas civis e militares da guerra na Ucrânia, que entrou hoje no 168.º dia, embora diversas fontes, incluindo a ONU, admitam que será elevado.
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