"É claro que o que aconteceu definitivamente não foi um protesto, foi o terrorismo no seu melhor. Temos alguns serra-leoneses vivendo na diáspora que na quarta-feira ameaçaram desencadear o terror em Serra Leoa", disse o Presidente Bio em declarações à BBC África.
Bio, que estava fora do país, de férias com a família no Reino Unido, quando os protestos se iniciaram, considerou haver uma intenção "política" na origem e, embora tenha reconhecido que há "dificuldades" entre os jovens, justificou-se afirmando que o seu Governo tem feito "muito" para resolver os problemas.
O Presidente da Serra Leoa assegurou que a calma voltou a estabelecer-se, um dia depois de o seu vice-presidente, Mohamed Juldeh Jalloh, ter anunciado o recolher obrigatório em todo o país.
Até agora estão contabilizadas cerca de 130 detenções devido aos tumultos ocorridos durante os protestos em várias cidades, especialmente na capital, Freetown.
As manifestações visavam exigir soluções para a crise económica que o país atravessa, além de outros problemas como a corrupção e os excessos policiais.
Entre as exigências dos manifestantes está ainda a renúncia de Julius Maada Bio, que é questionado sobre a sua intenção de concorrer à reeleição nas eleições marcadas para junho de 2023.
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