Mali. Rotação de contingentes da missão da ONU retomada segunda-feira

As rotações dos contingentes da missão da ONU no Mali (MINUSMA), suspensas há um mês, serão retomadas na segunda-feira com um novo mecanismo de aprovação, confirmou o governo do Mali, num contexto de tensões diplomáticas com os seus parceiros.

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Lusa
13/08/2022 21:16 ‧ 13/08/2022 por Lusa

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Mali

"A MINUSMA concordou com os novos procedimentos e comunicou-os a todos os países que contribuem com tropas. Não haverá exceção", disse à France-Presse o ministro Abdoulaye Diop.

"Espera-se que as rotações sejam retomadas esta segunda-feira", confirmou Myriam Dessables, porta-voz da MINUSMA, contando com 12.261 soldados e 1.718 polícias.

As rotações dos contingentes militares e policiais da missão da Organização das nações Unidas (ONU) foram suspensas em 14 de julho por tempo indeterminado devido ao "contexto de segurança nacional".

O Mali e os seus parceiros internacionais têm lutado contra extremistas islâmicos há quase uma década e a situação revelou sinais de deterioração depois de a França ter começado a retirar as suas tropas após uma série de disputas com o Governo maliano.

Em 2013, a França liderou uma operação militar para expulsar militantes islâmicos do poder nas principais cidades do norte do Mali. Mas, os 'jihadistas' reagruparam-se e começaram a realizar ataques no sul contra os militares e as forças de paz da ONU.

O plano de retirada francês aconteceu depois de uma junta liderada pelo coronel Assimi Goïta ter executado dois golpes num período de nove meses, em 2020 e 2021, e devido também à presença no país do grupo paramilitar russo Wagner.

Na sexta-feira, a Alemanha anunciou a suspensão "até nova ordem" da maior parte das suas operações militares no Mali, onde integra a MINUSMA, denunciando uma nova recusa por partes das autoridades malianas de autorizar sobrevoos.

Hoje, Bamako convidou a Alemanha "a renovar o seu pedido de rotação no âmbito deste mecanismo através da MINUSMA".

As relações entre o Mali e as Nações Unidas, cujas forças de manutenção da paz se encontram no país desde 2013, também se deterioraram nas últimas semanas.

Leia Também: Mali. "Aumento de ataques" justifica reforço das "missões internacionais"

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