"A MINUSMA concordou com os novos procedimentos e comunicou-os a todos os países que contribuem com tropas. Não haverá exceção", disse à France-Presse o ministro Abdoulaye Diop.
"Espera-se que as rotações sejam retomadas esta segunda-feira", confirmou Myriam Dessables, porta-voz da MINUSMA, contando com 12.261 soldados e 1.718 polícias.
As rotações dos contingentes militares e policiais da missão da Organização das nações Unidas (ONU) foram suspensas em 14 de julho por tempo indeterminado devido ao "contexto de segurança nacional".
O Mali e os seus parceiros internacionais têm lutado contra extremistas islâmicos há quase uma década e a situação revelou sinais de deterioração depois de a França ter começado a retirar as suas tropas após uma série de disputas com o Governo maliano.
Em 2013, a França liderou uma operação militar para expulsar militantes islâmicos do poder nas principais cidades do norte do Mali. Mas, os 'jihadistas' reagruparam-se e começaram a realizar ataques no sul contra os militares e as forças de paz da ONU.
O plano de retirada francês aconteceu depois de uma junta liderada pelo coronel Assimi Goïta ter executado dois golpes num período de nove meses, em 2020 e 2021, e devido também à presença no país do grupo paramilitar russo Wagner.
Na sexta-feira, a Alemanha anunciou a suspensão "até nova ordem" da maior parte das suas operações militares no Mali, onde integra a MINUSMA, denunciando uma nova recusa por partes das autoridades malianas de autorizar sobrevoos.
Hoje, Bamako convidou a Alemanha "a renovar o seu pedido de rotação no âmbito deste mecanismo através da MINUSMA".
As relações entre o Mali e as Nações Unidas, cujas forças de manutenção da paz se encontram no país desde 2013, também se deterioraram nas últimas semanas.
Leia Também: Mali. "Aumento de ataques" justifica reforço das "missões internacionais"