"Hoje, no decorrer da operação militar especial [como o Kremlin designa a invasão de território da Ucrânia], os nossos soldados, juntamente com os combatentes do Donbass, cumprem o seu dever, lutam pela Rússia, por uma vida pacífica nas Repúblicas Populares de Donetsk e Lugansk", disse na abertura do fórum e feira militar "Armia-2022", nos arredores de Moscovo.
O chefe do Kremlin sublinhou que estas forças "cumprem precisamente todas as tarefas que lhes foram definidas: passo a passo, libertam os Donbass".
"O nosso povo orgulha-se do nosso Exército e da nossa Marinha, do profissionalismo e coragem dos seus defensores", acrescentou Putin, sublinhando que "sempre salvaguardaram a soberania e a segurança da pátria e trouxeram a liberdade aos outros povos".
A "Armia-2022" conta com a presença de representantes de mais de uma centena de Estados, que poderão ver esta semana centenas de tipos de armamento moderno num polígono militar nos arredores de Moscovo.
Putin tinha já usado o evento para elogiar junto de países aliados o armamento de fabrico russo, alegando que foi utilizado "em condições reais de combate".
"A Rússia está disposta a oferecer aos seus aliados e parceiros o armamento mais moderno, desde armas de fogo até artilharia, blindados, aviação de combate e drones", disse Putin ao inaugurar o salão internacional de armamento.
O Presidente russo afirmou que a Rússia tem "muitos aliados" e destacou em particular "os laços historicamente fortes, amigáveis e de confiança com os países da América Latina, Ásia e África".
Vladimir Putin também sublinhou que esses países "não se submetem ao chamado poder hegemónico, os seus líderes mostram autêntico caráter e não se subordinam" a ninguém e, "dessa forma, contribuem para a defesa de um mundo multipolar".
A Rússia disse ter exportado desde o início do ano 5.400 milhões de dólares em armas e tenciona vender uma quantia semelhante no segundo semestre de 2022, numa altura em que estão em vigor sanções impostas pelo Ocidente devido à intervenção militar russa na Ucrânia.
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