"Os Estados Unidos não querem fechar as vias de refúgio e segurança para dissidentes russos e outras pessoas vulneráveis a abusos de direitos humanos", disse um porta-voz do Departamento de Estado norte-americano, segundo a rede de televisão CNN.
O mesmo porta-voz defendeu a distinção "entre as ações do Governo russo e as suas políticas na Ucrânia e a população da Rússia", dando a entender que Washington não vai ceder às exigências de Zelensky.
O Alto Representante da União Europeia (UE) para a Política Externa, Josep Borrell, também manifestou hoje relutância em proibir de forma massiva a entrada de russos nos 27 Estados-membros.
"Temos de ser mais seletivos", disse, depois de países, como a Estónia e a Finlândia, terem exigido mais medidas dos membros da UE como um todo.
Desde que o Presidente russo, Vladimir Putin, deu a ordem para iniciar a invasão em 24 de fevereiro, as autoridades norte-americanas restringiram os vistos de quase 5.000 pessoas com ligações ao Kremlin.
A Rússia invadiu a Ucrânia em 24 de fevereiro, desencadeando uma guerra que, ao fim de quase seis meses, não tem ainda perspetivas de terminar. Desconhece-se o número de baixas civis e militares, mas diversas fontes, incluindo a ONU, têm alertado que será elevado.
A guerra provocou também 12 milhões de refugiados e de deslocados internos. A generalidade da comunidade internacional condenou a Rússia pela invasão da Ucrânia.
A União Europeia e países como os Estados Unidos, o Reino Unido ou o Japão têm decretado sucessivos pacotes de sanções contra interesses russos e fornecido armas à Ucrânia.
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