A abertura das estradas que permitem a circulação para a cidade de Taiz faz parte do acordo que foi alcançado sob os auspícios das Nações Unidas.
Taiz é a terceira maior cidade do Iémen sendo que os acessos têm estado fechados desde 2015 pelas forças hutis (xiitas) restringindo severamente a liberdade de movimentos aos civis e impedindo a passagem de bens essenciais e medicamentos assim como o acesso humanitários aos residentes.
"As restrições dos hutis obrigaram os civis a utilizar estradas perigosas pela montanha e que são a única ligação entre a população sitiada de Taiz e o resto do mundo", disse através de um comunicado o subdiretor da Human Rights Watch (HRW) para o Médio Oriente África, Michael Page.
Quando a ONU anunciou a trégua, no passado dia 02 de abril, que continua em vigor, a medida sobre a livre circulação de pessoas e bens estava prevista.
O enviado especial das Nações Unidas para o Iémen, Hans Grundberg "convidou as partes para uma reunião no sentido da abertura das estradas de Taiz e de outras províncias, para que fosse facilitada a circulação de homens, mulheres e crianças, civis".
Mesmo assim, verificou-se "pouco progresso quanto à abertura das estradas", indicam as 16 organizações não-governamentais que subscrevem o documento sobre Taiz e que foi difundido hoje.
No início de julho, após as negociações que decorreram na Jordânia, o gabinete do enviado especial da ONU indicou a existência de planos sobre a reabertura da estradas de Taiz no sentido de "ajudar a aliviar o sofrimento dos civis".
As autoridades hutis rejeitaram a proposta.
Taiz encontra-se situada entre a capital, Sanaa, controlada pelos hutis e a cidade portuária de Ádem, capital provisória do governo do Iémen reconhecido internacionalmente.
Os hutis, apoiados pelo regime do Irão, cercaram Taiz em 2015 isolando a cidade e bloqueando os acessos.
O centro da cidade é controlado pelas forças governamentais.
"Abrir as estradas principais ajudaria a aliviar de forma significativa o sofrimento da população que está isolada há quase sete anos", disse o subdiretor da Human Rights Watch (HRW) para o Médio Oriente África.
O conflito no Iémen começou em finais de 2014 quando os rebeldes ocuparam Sanaa e outras províncias expulsando o presidente, Mansur Hadi, que se encontra na Arábia Saudita, exilado.
As forças de Riade e os aliados árabes intervêm militarmente no conflito desde 2015.
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