Foram revelados os resultados oficiais. MPLA vence com 51,17% dos votos
A comissão angolana confirmou a vitória do partido de João Lourenço.
© Reuters
Mundo Eleições angolanas
O presidente da Comissão Nacional Eleitoral (CNE) anunciou, esta segunda-feira, a vitória do Movimento Popular de Libertação de Angola (MPLA) com 3,209.429 milhões dos votos, o que significa que 51,17% dos eleitores escolheram o partido presidente por João Lourenço para continuar no poder - agora, com 124 deputados.
Já o partido da oposição União Nacional para a Independência Total de Angola (UNITA) teve 2,756.786, tendo obtido 43,95% dos votos. O partido de Adalberto Costa Júnior ficou com 90 deputados.
Manuel Pereira da Silva informou ainda que a abstenção registada foi na ordem dos 1,15%, com um total de 74.259 eleitores a absterem-se.
A CNE confirmou em conferência de imprensa que os 11.153 votos reclamados, 4.364 votos eram do MPLA e 2.939 pertenciam ao UNITA.
De acordo com o responsável deslocaram-se às urnas 6,454.109 eleitores, o que significa que 44,82% dos eleitores votaram. A abstenção manteve-se por isso na ordem dos 55,18%, com quase 61 milhões de pessoas a não votarem.
Outros dados foram anunciados, como, por exemplo, o número de votos em branco - 107.746 - e votos nulos - 7.674.259. No total, os votos válidos foram 6.272.104, correspondentes a 97,18% dos cidadãos que exerceram o seu direito de voto.
Com a finalização do apuramento, a CNE vai notificar os partidos políticos e produzir duas atas, uma para o Presidente da República e outra dirigida ao Tribunal Constitucional (TC).
Os partidos terão 72 horas para fazer chegar reclamações junto do TC que tem também 72 horas para responder.
Além do MPLA e da UNITA, concorreram mais seis formações políticas: CASA-CE, Frente Nacional de Libertação de Angola (FNLA), Partido de Renovação Social (PRS), Aliança Patriótica Nacional (APN), Partido Humanista de Angola (PHA) e Partido Nacionalista para Justiça em Angola (P-Njango).
Em Portugal, estiveram registados para votar cerca de 7.600 angolanos e o horário de votação foi semelhante a Angola. à porta do Consulado de Angola, em Lisboa, houve desacatos na noite das votações, com eleitores a acusarem os funcionários de "fugirem com os votos" não publicarem as atas na capital. No decorrer dos desacatos, um polícia ficou ferido.
[Notícia atualizada às 16h03]
Leia Também: ONG angolana exige "libertação incondicional" de manifestantes detidos
Descarregue a nossa App gratuita.
Oitavo ano consecutivo Escolha do Consumidor para Imprensa Online e eleito o produto do ano 2024.
* Estudo da e Netsonda, nov. e dez. 2023 produtodoano- pt.com