"Eu percebo que as pessoas em todo o nosso país estejam a sofrer com o custo de vida e com as contas de energia. E é por isso que eu, como primeira-ministra, tomarei medidas imediatas para ajudar as pessoas", afirmou.
Porém, acrescentou, a solução não pode ser "um penso rápido" e disse ser necessário aumentar o fornecimento de energia a longo prazo através do aumento da produção de gás natural no Mar do Norte, ao largo da Escócia, da abertura de mais centrais nucleares.
"A realidade é que este país não pode chegar ao crescimento com mais impostos. A forma de fazer crescer a nossa economia é atraindo investimento, mantendo os impostos baixos, realizando reformas para construir projetos mais rapidamente. Esta é a forma de criarmos empregos e oportunidades em todo o nosso país", defendeu.
O líder do Partido Trabalhista, Keir Starmer, voltou a defender que o congelamento dos preços da energia deve ser financiado por um imposto extraordinário sobre as empresas do setor, cujos lucros se estima que irão chegar a 170.000 milhões de libras (200.000 milhões de euros).
"A primeira-ministra sabe que não tem outra escolha senão congelar os preços da energia, mas não será barato, e a verdadeira escolha, a escolha política, é quem vai pagar", vincou.
Segundo o líder do principal partido da oposição, Truss "sabe que cada libra em lucros a mais que opta por não tributar é uma libra adicional no endividamento [público] que os trabalhadores serão forçados a pagar durante décadas".
"Ela é a quarta primeira-ministra 'tory' em seis anos. A cara no topo pode mudar, mas a história continua a ser a mesma", lamentou Starmer, ao que Truss replicou: "Não há nada de novo num líder Trabalhista que pede mais aumento de impostos".
O debate, no âmbito da sessão semanal de perguntas de deputados na Câmara dos Comuns, foi o primeiro desde que Truss entrou em funções na terça-feira, sucedendo a Boris Johnson.
A primeira-ministra começou o dia com uma reunião do conselho de ministros e tem prevista outra intervenção no parlamento na quinta-feira para, segundo a imprensa britânica, anunciar o congelamento dos preços da energia, plano que custará cerca de 150.000 milhões de libras (173.000 milhões de euros).
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