A petição, divulgada hoje em comunicado, tem, porém, poucas possibilidades de sucesso devido ao veto da China, que ocupa desde 1971 o assento até então pertencente a Taiwan em nome da "República da China", nome oficial da ilha-Estado.
As autoridades de Taipé pedem, com frequência, o regresso às Nações Unidas e às instituições internacionais, mas a falta de apoio internacionais -- apenas 14 países reconhecem Taiwan como Estado --, torna difícil a integração.
Na petição hoje divulgada, Taipé recorda o trabalho de apoio humanitário aos países mais atingidos pela pandemia de covid-19 e, mais tarde, aos afetados pela guerra na Ucrânia, sublinhando o envio de 550 toneladas de alimentos para o povo ucraniano e mais 40 milhões de dólares (cerca de 40,2 milhões de euros) para refugiados de guerra.
Taiwan lembrou também como argumentos o facto de ser a 22.ª maior economia do mundo (pelo PIB) e o maior produtor de semicondutores, sendo, porém, "vítima da crescente intimidação retórica e militar da China".
A este propósito, Taipé refere-se às manobras militares realizadas pela China no Estreito de Formosa após a polémica visita à ilha da presidente do Congresso dos Estados Unidos, Nancy Pelosi, viagem realizada no início da agosto e que Pequim interpretou como um claro gesto de hostilidade da administração de Joe Biden.
Segundo o comunicado, com o pedido para participar da Assembleia Geral da ONU, que decorrerá em Nova Iorque entre 13 e 26 deste mês, Taiwan (23,5 milhões de habitantes) "não aspira a substituir Pequim como representante do povo chinês", mas a "ganhar reconhecimento e visibilidade nas duas semanas de maior visibilidade" na comunidade internacional.
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