O Reino Unido não convidou representantes da Rússia, Bielorrússia e Myanmar para assistir ao funeral da rainha Isabel II, na próxima segunda-feira. A informação foi avançada, esta terça-feira, por uma fonte de Whitehall à agência de notícias Reuters.
Segundo a agência, a decisão de não enviar convites à Rússia e à Bielorrússia prende-se com a invasão da Ucrânia, que tem sido condenada pela comunidade internacional. O Reino Unido tem sido dos mais críticos em relação à Federação Russa e à sua aliada, aplicando severas sanções económicas.
O governo britânico tem também aplicado sanções contra a junta militar no poder em Myanmar devido à repressão contra a população e a violações dos direitos humanos.
O porta-voz do Kremlin, Dmitry Peskov, já tinha anunciado, na passada sexta-feira, que o presidente da Rússia, Vladimir Putin, não iria comparecer no funeral da rainha Isabel II, mas frisou que “em breve” seria tomada uma decisão sobre quem representaria a Rússia na cerimónia.
No total, segundo a estação estatal britânica BBC, são esperados cerca de 500 representantes estrangeiros no funeral. O Presidente da República, Marcelo Rebelo de Sousa, já confirmou que irá marcar presença, acompanhado pelo ministro dos Negócios Estrangeiros, João Gomes Cravinho.
A rainha Isabel II morreu aos 96 anos no Castelo de Balmoral, na Escócia, após mais de 70 anos do mais longo reinado da história do Reino Unido. Elizabeth Alexandra Mary Windsor nasceu em 21 de abril de 1926, em Londres, e tornou-se rainha de Inglaterra em 1952, aos 25 anos, na sequência da morte do pai, George VI, que passou a reinar quando o irmão abdicou.
Após a morte de Isabel II, o filho primogénito assume, aos 73 anos, as funções de rei como Carlos III.
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