Moçambique quer retoma dos projetos de gás e exportar mais

O Presidente moçambicano, Filipe Nyusi, defendeu hoje que as petrolíferas retomem os projetos de gás em Cabo Delgado, considerando que há mais segurança do que antes do ataque a Palma e a procura mundial assim o exige.

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Lusa
14/09/2022 10:37 ‧ 14/09/2022 por Lusa

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Moçambique

"O sucesso no combate aos terroristas no eixo Mocímboa da Praia - Palma, que contempla vias rodoviárias e acesso ao porto, confere uma situação de estabilidade mais elevada" do que antes do ataque à vila, em março de 2021, referiu o chefe de Estado moçambicano numa conferência sobre gás, em Maputo.

Por outro lado, o novo contexto, em especial com o corte de fornecimento de gás da Rússia à Europa, permite que a oferta de Moçambique vá "além dos volumes a serem produzidos" estimados pelos estudos iniciais dos projetos. 

"A alta de preços de produtos energéticos afigura-se favorável à rentabilidade dos investimentos", destacou, realçando que os números estão muito acima dos modelos usados em 2019 para lançar os projetos da bacia do Rovuma.

"Neste contexto, é nossa expectativa que sejam retomadas as atividades de desenvolvimento pelos concessionários da área 1", consórcio liderado pela TotalEnergies e que suspendeu a construção da fábrica de liquefação de gás devido à deterioração das condições de segurança. 

Da mesma forma, Nyusi defendeu para "tão depressa" quanto possível, a decisão final de investimento na área 4, liderada pela ENI e Exxon.

O Presidente moçambicano referiu que vai manter "mais encontros especializados" com o setor para estudar "outras medidas de apoio para manter a segurança".

"Os terroristas estão em fuga" e as "Forças de Defesa e Segurança (FDS) estão a estabilizar todos os distritos afetados", com regresso da administração local e serviços públicos, acrescentou.

"Na semana passada havia mais de 10 mil pessoas em Palma", acrescentou, população que "timidamente começa também a regressar a Mocímboa da Praia", concluiu.

Leia Também: MP moçambicano recuperou 245 milhões de proveniência ilícita em 6 anos

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