Delegação chinesa é banida do velório de Isabel II

A ordem para excluir a delegação chinesa foi dada pelo presidente da Câmara dos Comuns, Sir Lindsay Hoyle.

Notícia

© Getty

Beatriz Cavaca
16/09/2022 08:39 ‧ 16/09/2022 por Beatriz Cavaca

Mundo

Isabel II

Uma delegação do governo chinês foi proibida de prestar homenagem no velório da antiga monarca do Reino Unido Isabel II, que morreu na passada quinta-feira, dia 8 de setembro.

De acordo com a BBC, a ordem para excluir a delegação chinesa foi dada pelo presidente da Câmara dos Comuns, Sir Lindsay Hoyle, numa decisão que poderá agravar tensões entre Londres e Pequim.

Sublinhe-se que quem tem autoridade sobre Westminster Hall, onde a rainha estará em câmara ardente até segunda-feira, são os parlamentares da Câmara dos Comuns e da Câmara dos Lordes.

A decisão está relacionada com as sanções do governo chinês a cinco deputados britânicos efetuadas no ano passado. Na altura, a China impôs proibições de viagem e congelamento de bens a nove britânicos - incluindo sete parlamentares - por acusarem Pequim de maltratar muçulmanos Uighur (minoria étnica e religiosa na China).

Como consequência, o embaixador da China no Reino Unido foi banido do Parlamento, uma medida que agora foi estendida a esta delegação que queria prestar homenagem a Isabel II.

Mesmo assim, o vice-presidente da China, Wang Qishan, estará presente no dia do funeral da antiga chefe de estado britânica, apesar de na quinta-feira, o grupo de parlamentares, incluindo os ex-ministros conservadores Iain Duncan Smith e Tim Loughton, pedirem ao ministro dos Negócios Estrangeiros para retirar o convite à presidência chinesa.

Esta questão diplomática acontece depois de vários países ocidentais imporem sanções às autoridades da China depois de alegações de abuso dos direitos contra o grupo minoritário uigur, de maioria muçulmana.

Sabe-se que a China deteve uigures em campos de concentração na região noroeste de Xinjiang, onde surgiram alegações de tortura, trabalho forçado e abuso sexual. Segundo a BBC, o país negou as alegações de abuso, referindo que os campos são instalações de "reeducação" usadas para combater o terrorismo.

Leia Também: China. Desastres naturais em agosto afetaram 41 milhões de pessoas

Partilhe a notícia

Produto do ano 2024

Descarregue a nossa App gratuita

Oitavo ano consecutivo Escolha do Consumidor para Imprensa Online e eleito o produto do ano 2024.

* Estudo da e Netsonda, nov. e dez. 2023 produtodoano- pt.com
App androidApp iOS

Recomendados para si

Leia também

Últimas notícias


Newsletter

Receba os principais destaques todos os dias no seu email.

Mais lidas