Em conferência de imprensa, Pierluisi informou que a Guarda Nacional realizou 30 resgates de 1.000 pessoas em 25 municípios e que os bombeiros resgataram 83 pessoas.
"Em muitas áreas, o impacto foi maior do que no furacão Maria [de 2017]", observou o governador, indicando que "os danos foram catastróficos".
Da mesma forma, Pierluisi salientou que "infelizmente" estão previstas mais chuvas para esta segunda e terça-feira, continuando "o perigo de inundações e (...) deslizamentos de terra".
O furacão Fiona, de categoria 1, tocou domingo terra no sudoeste de Porto Rico, onde ventos máximos de 140 quilómetros por hora e fortes chuvas causaram uma falha geral de energia, inundações graves e danos descritos como "catastróficos".
Fiona, que até domingo era uma tempestade tropical, fortaleceu-se ao aproximar-se de Porto Rico e o seu olho passou perto de Punta Tocon às 15:20 locais (19:20 em Portugal), de acordo com o Centro Nacional de Furacões dos Estados Unidos da América.
"Temos 128 abrigos abertos em 78 municípios, com 2.146 refugiados em 113" desses espaços, precisou Pierluisi.
Nos abrigos morreram duas pessoas "de causas naturais", recordou.
O governador referiu-se ainda ao restabelecimento da rede elétrica na ilha, que no domingo sofreu um apagão geral.
"A nossa meta é que boa parte dos clientes da LUMA Energia e da Autoridade de Energia Elétrica (PREPA) tenha rede de energia elétrica numa questão de dias", declarou Pierluisi, observando que "todo os danos ainda não foram avaliados".
A rede elétrica de Porto Rico é muito frágil, especialmente desde o furacão Maria, que há cinco anos devastou a ilha e arrasou toda a rede elétrica, deixando grande parte da população no escuro durante meses.
O Serviço Meteorológico Nacional primeiro relatou um risco de inundações repentinas nos municípios do sudeste da ilha, mas depois estendeu o alerta a praticamente todo o território, incluindo San Juan e a sua área metropolitana.
Fontes municipais dizem que há famílias isoladas devido a estradas cortadas e rios que transbordaram em várias regiões. No centro do país uma ponte colapsou e há estradas muito danificadas.
As autoridades exortaram as comunidades que vivem perto de rios que transbordaram para irem de imediato para zonas mais altas.
O furacão levou ao cancelamento de todos os voos dos aeroportos da ilha, incluindo o Aeroporto Internacional Luis Muñoz Marín, enquanto os portos marítimos estão fechados desde sábado até novo aviso.
Pedro Pierluisi declarou o estado de emergência federal no sábado e pediu a Washington que declarasse uma emergência federal, uma medida aprovada no domingo pelo Presidente dos Estados Unidos, Joe Biden.
A chegada de Fiona ocorre apenas dois dias antes do quinto aniversário do furacão Maria, que causou cerca de 3.000 mortos e 100 mil milhões de dólares de prejuízos em Porto Rico.
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