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Referendos no Donbass são "restauração da justiça histórica"

Dmitry Medvedev defendeu que é importante incluir na Constituição que "nenhum futuro líder da Rússia, nenhum funcionário seja capaz de inverter" as decisões tomadas agora.

Referendos no Donbass são "restauração da justiça histórica"
Notícias ao Minuto

09:21 - 20/09/22 por Notícias ao Minuto

Mundo Dmitry Medvedev

O antigo presidente russo e atual vice-presidente do Conselho de Segurança da Rússia, Dmitry Medvedev, afirmou, esta terça-feira, que os referendos na região do Donbass “são de grande importância”, não só para a proteção dos residentes das autoproclamadas repúblicas populares de Donetsk, Lugansk e “outros territórios libertados”, mas também para a “restauração da justiça histórica”.

As declarações de Medvedev surgem após Donetsk e Lugansk decidirem acelerar a organização de referendos sobre a integração na Rússia, depois de a contraofensiva ucraniana ter recuperado território ao exército russo, segundo anunciou ontem o anunciou o líder separatista de Donetsk, Denis Pushilin.

“Os referendos em Donbass são de grande importância não só para a proteção sistémica dos residentes do Lugansk, Donetsk e outros territórios libertados, mas também para a restauração da justiça histórica”, escreveu Medvedev na plataforma Telegram.

Na ótica do ex-presidente russo, os referendos “mudam completamente o vector do desenvolvimento da Rússia durante décadas”. “Após a sua realização e a admissão dos novos territórios na Rússia, a transformação geopolítica no mundo será irreversível”, sublinhou.

O político disse ainda que “a invasão do território da Rússia é um crime que permite o uso de todas as forças de autodefesa” e que é importante incluir na Constituição da Federação Russa que “nenhum futuro líder da Rússia, nenhum funcionário seja capaz de inverter estas decisões”.

Sublinhe-se que o conflito entre a Ucrânia e a Rússia começou com o objetivo, segundo Vladimir Putin, de “desnazificar” e desmilitarizar a Ucrânia para segurança da Rússia. A operação foi condenada pela generalidade da comunidade internacional.

A ONU confirmou que cerca de 5.600 civis morreram e oito mil ficaram feridos na guerra, sublinhando que os números reais serão muito superiores e só poderão ser conhecidos quando houver acesso a zonas cercadas ou sob intensos combates.

Leia Também: Debate ONU. "Espero que Rússia venha a dar-se conta do enorme opróbrio"

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