Os países do Mar Báltico que fizeram parte da antiga União Soviética têm sido dos que mais têm apelado a sanções contra a Rússia e fecho de fronteiras a quaisquer cidadãos russos. Na Estónia, a primeira-ministra Kaja Kallas tem sido das políticas europeias mais intransigentes e, na segunda-feira, teve a oportunidade de 'meter as mãos na massa'.
De visita a um exercício militar pelas Forças de Defesa da Estónia, Kallas foi filmada a aprender a usar um 'Javelin', um lança-mísseis antitanque especializado no combate a curto e médio alcance.
Num vídeo divulgado nas redes sociais, Kallas não dispara a arma, mas aprende a segurá-la ao ombro de forma correta e chega a olhar pela mira do lança-mísseis.
Através do Twitter, a primeira-ministra não mencionou a experiência, mas assinalou a sua presença nos exercícios OKAS 2022 ao realçar que "a capacidade de defesa implica confiança e preparação".
Visited snap exercise #OKAS2022 🦔 today and thanked the participants for their service.
— Kaja Kallas (@kajakallas) September 26, 2022
The Estonian Defence Forces @Kaitsevagi and the Defence League are regularly practising the combat readiness of our reserve units. Defence capability means preparedness and confidence. pic.twitter.com/qdkuqfakFA
O 'Javelin' tem sido das armas mais importantes para as forças ucranianas na guerra contra a Rússia, pela sua eficácia contra tanques e veículos terrestres blindados. Os Estados Unidos já enviaram centenas de mísseis para a Ucrânia e, em Kyiv, foi inaugurado em maio um mural de uma santa a segurar no lança-mísseis.
A Estónia tem sido um dos maiores apoiantes da Ucrânia ao longo da guerra, tendo sido o país que mais armas enviou per capita para as forças ucranianas.
Já Kallas é primeira-ministra desde 2021, liderando o Partido Reformista - o partido liberal que lidera a coligação de centro-direita no governo da Estónia. A história da primeira-ministra está intrinsecamente ligada ao passado do país báltico - o pai foi primeiro-ministro, a mãe chegou a ser deportada para a Sibéria quando o país pertencia à União Soviética e o bisavô foi um dos fundadores da República da Estónia.
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