Num comunicado, a representação diplomática dos Estados Unidos da América (EUA) em Moscovo advertiu que "os voos comerciais são atualmente extremamente limitados, de modo que por vezes não há nenhum disponível".
No entanto, a embaixada confirmou que as rotas terrestres para sair do território russo ainda estão abertas.
"Se quiser sair da Rússia, deve fazer os preparativos necessários o mais rápido possível. A embaixada dos EUA está neste momento muito limitada na prestação de assistência aos cidadãos norte-americanos e as condições podem tornar-se cada vez mais limitadas", segundo a mesma nota informativa.
A representação diplomática alertou ainda que as autoridades russas poderão "começar a negar a dupla cidadania aos norte-americanos e o acesso à assistência consular para impedir a sua saída do país" após ter anunciado, no passado dia 21, a mobilização parcial.
"Os cidadãos norte-americanos não devem viajar para a Rússia e aqueles que residem no país ou em território russo devem partir de imediato", disse a embaixada dos EUA no comunicado, no qual precisou que a representação diplomática irá fornecer todas as informações relevantes sobre as possibilidades de acesso aos países vizinhos.
Neste sentido, a embaixada recordou aos cidadãos norte-americanos que "a liberdade de expressão e o direito de reunião pacífica não estão garantidos na Rússia", instando-os "a evitar protestos e a tirar fotografias das forças de segurança no âmbito de tais eventos".
"As autoridades russas já prenderam cidadãos russos que participaram em manifestações", referiu.
Também hoje, a Polónia e a Bulgária apelaram aos respetivos cidadãos que abandonem a Rússia o mais rápido possível, recorrendo aos meios de transporte disponíveis.
Os Governos de Varsóvia e Sófia receiam que seja cada vez mais difícil abandonar o território russo.
O anúncio de Moscovo da mobilização de 300 mil reservistas, feito na semana passada, está a desencadear o êxodo de um grande número de homens russos em idade militar que se recusam a lutar na Ucrânia, alvo de uma ofensiva militar russa desde fevereiro passado.
Estes homens estão a fugir do país em direção à Turquia, Geórgia, Arménia, Mongólia, Cazaquistão e Finlândia.
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