"Uma pena que priva a liberdade será demasiado dura, já que o delito não se cometeu em circunstâncias agravantes, uma multa e uma sentença suspensa são as apropriadas", disse a juíza Barbra Mateko, citada pela agência Efe, na sua sentença no Tribunal dos Magistrados, na capital do país que faz fronteira com Moçambique.
Dangaremba e a sua amiga Julie Barnes, também acusada no caso, foram condenadas a pagar 70 mil dólares do Zimbabué, o equivalente a 198 euros cada uma, e foram condenadas a uma pena de prisão suspensa por seis meses, que se anula se cometerem um crime similar nos próximos cinco anos.
Dangarembga e Barnes foram detidas em 31 de julho de 2020 quando caminhavam no centro de Harare com cartazes que exigiam a libertação dos críticos do Governo, entre os quais o jornalista Hopewell Chinono e o político da oposição Jacob Ngarivume.
Os dois tinham, por seu turno, sido presos no princípio do mês, acusados de incitar à violência pública ao convocarem um protesto nacional contra a corrupção governamental.
Os críticos do Presidente do Zimbabué, Emmerson Mnangagwa, acusam-no de usar a legislação de forma seletiva contra os opositores.
Com 80 anos, Mnangagwa vai candidatar-se a um novo mandato nas eleições marcadas para o próximo ano.
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