A intensidade do incêndio florestal acelerou o processo pelo qual as esculturas de pedra, que pesam toneladas, acabaram transformadas em areia, disse o presidente da ilha, Pedro Edmunds.
O dano é "irreparável e imensurável também", afirmou.
Esta ilha chilena, que fica no meio do Oceano Pacífico, tem cerca de 800 moais, metade dos quais dentro do vulcão Rano Raraku.
O incêndio desta semana afetou, particularmente, uma área dentro do vulcão onde existem cerca de 100 moais, e cerca de 20% ficaram danificados, referiu Pedro Edmunds, acrescentando que, além desses, algumas das estátuas que estavam fora do vulcão também ficaram estragadas.
As altas temperaturas queimam a pedra dos moais, o que os leva a rachar e, com o tempo, começam a desmoronar, explicou o presidente.
O autarca culpou os moradores que criam vacas e cavalos na ilha e queimam, regularmente, pastagens.
Edmunds acusou ainda o Estado de abandonar a ilha da Páscoa.
"O trabalho para evitar acidentes e incêndios envolve um plano de prevenção que exige recursos e é isso que não temos", reforçou.
As autoridades estão a apurar a área que o fogo devastou na ilha, habitada por 7.700 pessoas, e que fica a cerca de 3.700 quilómetros do Chile.
Desde 2019, a Ilha de Páscoa é conhecida localmente como Rapa Nui-Ilha de Páscoa.
A ilha só reabriu aos turistas em agosto, depois de ficar fechada por mais de dois anos devido à pandemia de Covid-19.
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