A Rússia tinha estado a planear os ataques desta segunda-feira contra várias cidades ucranianas, como Kyiv, Lviv e Kharkiv, "desde o início de outubro", segundo a informação avançada pelos serviços secretos ucranianos.
"As forças de ocupação russas receberam instruções do Kremlin para preparar ataques massivos de mísseis contra as infraestruturas civis da Ucrânia a 2 e 3 de outubro", explicaram numa declaração, aqui citada pela Sky News.
"Infraestruturas civis críticas e as áreas centrais de cidades ucranianas densamente povoadas foram identificadas como alvos", acrescentou a mesma fonte.
A propósito deste tema, Moscovo veio, mais tarde, esclarecer que tinha como principais alvos destas investidas de segunda-feira os centros energéticos, militares e de comunicação da Ucrânia.
De recordar que várias localidades ucranianas 'acordaram', esta segunda-feira, literalmente debaixo de fogo. Foi o que aconteceu, a título de exemplo, com Kyiv, Lviv, Kharkiv, Mykolaiv, Zaporíjia, Zhytomyr, Ternopil e Dnipro.
O presidente da Rússia, Vladimir Putin, assumiu que esta se tratou de uma resposta ao facto de a ponte de Kerch, que liga a Rússia à Crimeia, ter sido atingida no sábado - e que é tida como um dos principais símbolos da anexação deste território ucraniano por Moscovo. As declarações foram proferidas num discurso durante a reunião do Conselho de Segurança da Rússia.
O chefe de Estado russo deixou ainda um alerta, acusando a Ucrânia de ter levado a cabo "atos de terrorismo": "Se os atos de terrorismo continuarem contra a Rússia, responderemos de uma forma muito dura. As respostas serão da mesma escala que as ameaças à Rússia. Ninguém deve ter quaisquer dúvidas a esse respeito".
A guerra na Ucrânia, que teve início a 24 de fevereiro, provocou já, segundo os cálculos da Organização das Nações Unidas (ONU), 6.114 civis mortos e 9.132 feridos desde o início da guerra, apesar desta entidade alertar que estes números ficam bastante abaixo dos reais.
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