Estes ataques "horríveis" são "um sinal do sucesso da Ucrânia e do desespero crescente na resposta de Putin", afirmou Truss numa declaração, após uma conversa com o Presidente ucraniano Volodymyr Zelensky.
O presidente russo deixou hoje claro que o bombardeamento das cidades ucranianas foi em resposta ao ataque no início da manhã de sábado na ponte da Crimeia, de 19 quilómetros de comprimento, que liga a Rússia à península anexada em 2014.
O número de pessoas hoje feridas nos ataques russos com mísseis em toda a Ucrânia subiu de 60 para 89, ao passo que o número de mortos aumentou de 10 para 11, indicou uma porta-voz da Polícia Nacional Ucraniana.
A porta-voz, Mariana Reva, citada pela Ukrinform (Plataforma Multimédia de Notícias Ucraniana), atualizou o balanço dos ataques com mísseis russos durante uma maratona televisiva em canais ucranianos.
A primeira-ministra britânica, segundo um porta-voz, salientou o "apoio incondicional" do Reino Unido ao governo ucraniano e assegurou que "a retórica destrutiva de Putin não enfraquecerá essa determinação".
Ambos os líderes expressaram a "satisfação com as entregas de ajuda militar britânica que continuam a chegar à Ucrânia" e discutiram também os preparativos para a reunião virtual dos líderes do G7, à qual o líder ucraniano se juntará como convidado.
A reunião "oferece uma importante oportunidade para voltar a sublinhar a unidade da oposição à desprezível campanha de Putin", disse a primeira-ministra britânica.
A ofensiva militar lançada a 24 de fevereiro pela Rússia na Ucrânia causou já a fuga de mais de 13 milhões de pessoas -- mais de seis milhões de deslocados internos e mais de 7,6 milhões para os países europeus -, de acordo com os mais recentes dados da ONU, que classifica esta crise de refugiados como a pior na Europa desde a Segunda Guerra Mundial (1939-1945).
A invasão russa -- justificada pelo Presidente russo, Vladimir Putin, com a necessidade de "desnazificar" e desmilitarizar a Ucrânia para segurança da Rússia - foi condenada pela generalidade da comunidade internacional, que tem respondido com envio de armamento para a Ucrânia e imposição à Rússia de sanções políticas e económicas.
A ONU apresentou como confirmados desde o início da guerra 6.221 civis mortos e 9.371 feridos, sublinhando que estes números estão muito aquém dos reais.
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