Kyiv sanciona mais de 2.500 pessoas, incluindo filhas (e amante) de Putin
A Ucrânia anunciou hoje novas sanções contra políticos, empresários e figuras públicas russas, de entre as quais se destacam as filhas do Presidente russo, Vladimir Putin, e a sua alegada amante, a ex-ginasta Alina Kabaeva.
© Reuters
Mundo Ucrânia
Os dois decretos, publicados na quarta-feira e hoje noticiados pela agência Interfax, incluem restrições contra 2.507 pessoas, entre as quais as duas filhas de Putin, Katerina Tikhonova e Maria Putina, e 1.374 entidades jurídicas, tanto russas como estrangeiras que tenham colaborado com a Rússia, desde os setores do desporto à política ou até mesmo à música.
Algumas das personalidades que mais se destacam na lista são o patriarca Kirill, líder máximo da Igreja Ortodoxa da Rússia; a porta-voz do Ministério dos Negócios Estrangeiros russo, Maria Zakharova; o vice-chefe da Administração Civil e Militar de Kherson, Kirill Stremozov; e Yevgueni Prigozhin, um oligarca russo conhecido como "o cozinheiro de Putin" pela sua proximidade ao Presidente russo e ligado às redes de 'trolls' (editores que promovem tentativas deliberadas de perturbar as atividades de criadores de conteúdos na internet) russas.
Kiev também sancionou a mulher e a filha do porta-voz do Kremlin, Dmitri Peskov, o dirigente ucraniano pró-russo Viktor Medvedchuk e diversos multimilionários, entre os quais o empresário Roman Abramovich.
A ofensiva militar lançada a 24 de fevereiro pela Rússia na Ucrânia causou já a fuga de mais de 13 milhões de pessoas -- mais de seis milhões de deslocados internos e mais de 7,7 milhões para países europeus -, de acordo com os mais recentes dados da ONU, que classifica esta crise de refugiados como a pior na Europa desde a Segunda Guerra Mundial (1939-1945).
A invasão russa -- justificada por Putin com a necessidade de "desnazificar" e desmilitarizar a Ucrânia para segurança da Rússia - foi condenada pela generalidade da comunidade internacional, que tem respondido com envio de armamento para a Ucrânia e imposição à Rússia de sanções políticas e económicas.
A ONU apresentou como confirmados desde o início da guerra, que hoje entrou no seu 239.º dia, 6.306 civis mortos e 9.602 feridos, sublinhando que estes números estão muito aquém dos reais.
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