"A situação no norte da Etiópia terminará e a paz prevalecerá. Não vamos continuar a lutar para sempre", afirmou Ahmed.
O primeiro-ministro exortou os etíopes a trabalharem em conjunto para alcançar "prosperidade para o país e a não continuarem divididos por motivos étnicos ou religiosos".
O conflito na Etiópia estalou após um ataque da Frente de Libertação do Povo Tigray (TPLF, na sigla em inglês) à base principal do exército em Mekelle, que levou o primeiro-ministro a ordenar uma ofensiva contra o grupo, após vários meses de tensões políticas e administrativas.
Confiante de que é possível chegar a um consenso com as partes envolvidas, o chefe do Governo acredita que um diálogo está para breve. "Acredito que dentro de pouco tempo seremos capazes de nos levantarmos com os nossos irmãos para alcançar a paz e o desenvolvimento", disse.
Na quinta-feira, o Governo etíope aceitou o convite da União Africana para participar nas conversações de paz agendadas para 24 de outubro na África do Sul.
Atualmente está acordada uma "trégua humanitária", embora ambas as partes se tenham acusado mutuamente de impedirem a entrada de auxílio humanitário.
A TPLF acusa Ahmed de alimentar tensões desde que chegou ao poder em abril de 2018, quando se tornou o primeiro Oromo a tomar posse.
Até então, a TPLF tinha sido a força dominante no seio da coligação governante da Etiópia desde 1991, a Frente Democrática Revolucionária Popular Etíope (EPRDF). O grupo opôs-se às reformas da Ahmed, que considerou como uma tentativa de minar a sua influência.
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