As críticas à mensagem de Scholz no Twitter levaram o seu porta-voz a afirmar que "a Alemanha colabora com todos os governos europeus, e nesse sentido o chanceler publicou um 'tweet' no sábado e haverá também um telegrama de parabéns a seguir".
O chanceler alemão, assim como outros líderes de países europeus e também da União Europeia, saudou Giorgia Meloni, horas depois desta assumir o cargo de primeira-ministra de Itália.
"Giorgia Meloni, parabéns. Aguardo com expectativa a continuação do trabalho em estreita colaboração com a Itália na UE (união Europeia), na NATO (Organização do Tratado do Atlântico-Norte) e no G7 (grupo dos países mais industrializados do mundo)", escreveu Scholz.
O chefe do Governo alemão agradeceu também ao anterior primeiro-ministro italiano, Mario Draghi, "a boa cooperação germano-italiana" nos últimos anos.
Além do seu 'tweet' de parabéns, Scholz disse, após o Conselho Europeu de sexta-feira, que a Alemanha estava pronta para trabalhar com a líder dos Irmãos de Itália, Meloni.
"Estamos todos juntos como nações europeias dentro da UE e é essencial que nós, democracias, cooperemos muito", referiu Scholz.
"Uma mudança de governo por causa de eleições, como (acontece) numa democracia, não pode mudar as boas relações que temos com os outros Estados-membros ou, por exemplo, que temos entre a Alemanha e a Itália", declarou.
Meloni rejeita o rótulo de "neofascista", preferindo ser chamada de "conservadora", e o seu partido integra os Reformistas e Conservadores Europeus, grupo político no Parlamento Europeu, juntamente com o espanhol Vox, o Lei e Justiça da Polónia e os Democratas Suecos.
Diz que a Itália "entregou o fascismo" à história há décadas e que partilha valores com os conservadores britânicos e os republicanos norte-americanos.
O Governo que lidera integra ainda a Liga (extrema-direita), liderada por Matteo Salvini, e o Força Itália (direita), de Silvio Berlusconi, tendo este último causado polémica na última semana por declarações sobre a sua "amizade" com Vladimir Putin, Presidente russo, e de repúdio de Volodymyr Zelenksy, chefe de Estado ucraniano, cujo país está sob invasão russa.
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