Alemanha e CE defendem reconstrução da Ucrânia para chegar à UE

O chanceler alemão e a presidente da Comissão Europeia (CE) defenderam hoje a criação de mecanismos para a reconstrução da Ucrânia para o país caminhar para a integração na União Europeia.

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Lusa
25/10/2022 10:47 ‧ 25/10/2022 por Lusa

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No discurso de abertura da conferência internacional de especialistas para a reconstrução da Ucrânia, convocada pela Alemanha como o país que detém a presidência rotativa do G7 e o presidente da Comissão Europeia, Olaf Scholz sublinhou que "esta não é uma conferência de doadores", mas algo "mais fundamental".

Esta conferência é "sobre o desenvolvimento de estruturas e mecanismos" para facilitar e financiar uma "reconstrução contínua", portanto "o que está em jogo aqui é nada menos que a criação de um novo Plano Marshall para o século XXI", afirmou Scholz, que falou de uma "tarefa de gerações".

Scholz especificou que o objetivo é discutir como o financiamento para a recuperação económica, reconstrução e modernização da Ucrânia pode ser garantido e mantido nos próximos anos e décadas.

O chanceler sublinhou a necessidade de pensar no país que a Ucrânia poderá ser, para além do que já foi e que precisa de ser reconstruído.

Nesse sentido, Scholz falou de "uma Ucrânia mais desenvolvida, sustentável e resiliente" e "um membro da UE com o quadro jurídico correspondente e a infraestrutura jurídica correspondente".

No entanto, "neste ponto de viragem na história da Ucrânia, é de grande importância para a Ucrânia assumir a responsabilidade e agir ativamente pela sua transformação", referiu Scholz.

Falando da conferência de hoje, o chanceler alemão observou que agora é a hora de "reunir os melhores e mais brilhantes cérebros para compartilhar as suas ideias e recomendações sobre como reconstruir a Ucrânia".

"Sabemos pela nossa própria história que a reconstrução é sempre possível e que nunca é cedo demais para empreender a tarefa", acrescentou o chanceler alemão.

Por outro lado, afirmou que "a melhor reconstrução é a reconstrução que não é necessária, porque as cidades e as centrais elétricas estão protegidas das bombas, drones e mísseis russos".

Nesse sentido, garantiu que a Alemanha continuará a apoiar a Ucrânia, também no que diz respeito ao fornecimento de armas e sistemas de defesa aérea.

A presidente da Comissão Europeia (CE), Ursula von der Leyen, por seu lado, enfatizou a importância de garantir que a Ucrânia "receba o apoio de que precisa em todos os momentos", desde a recuperação até a reabilitação e reconstrução de longo prazo.

Ursula von der Leyen considerou surpreendente a extensão da destruição na Ucrânia e defendeu ajuda rápida, reabilitação e reconstrução, acrescentando que a Ucrânia precisa de garantir a sobrevivência diária e conseguir pagar salários e pensões.

"Precisamos da arquitetura certa, da estrutura certa para que o suporte seja o mais amplo e inclusivo possível", disse a presidente da CE.

"(...) Agora que a Ucrânia recebeu o estatuto de candidata, "devemos integrar os esforços de reconstrução no caminho da Ucrânia para a UE", disse Von der Leyen.

"O Banco Mundial estima o custo dos danos em 350 mil milhões de euros - isso é certamente mais do que qualquer país ou união pode fornecer sozinho. Precisamos da cooperação de todos", disse Ursula von der Leyen.

"Cada euro, dólar, libra e ienes gastos é um investimento na Ucrânia, mas também um investimento em valores democráticos em todo o mundo", referiu a responsável da CE.

O Presidente ucraniano, Volodymyr Zelensky, que fez um discurso transmitido por vídeo, pediu apoio da comunidade internacional para permitir que o país equilibre o seu orçamento no próximo ano.

"Nesta conferência, temos que tomar a decisão de fechar o buraco do défice orçamentário ucraniano no próximo ano", disse Zelensky.

"É uma soma muito grande, de 38 mil milhões de dólares (38,5 mil milhões de euros), (...) são os salários de professores, médicos, são benefícios sociais, pensões", acrescentou Zelensky.

Leia Também: Saudação a Meloni? "Alemanha colabora com todos os governos europeus"

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