HRW quer que Chade investigue mortes nos protestos de 20 de outubro
A Human Right Watch solicitou hoje às autoridades chadianas que realizem "uma investigação efetiva e independente" da morte de pelo menos 50 pessoas nos protestos de 20 de outubro passado em várias cidades do Chade.
© Getty Images
Mundo Chade
"As autoridades chadianas devem assegurar imediatamente a realização de uma investigação efetiva e independente para determinar se o uso de força letal pelos serviços de segurança foi uma resposta justificada e proporcional à violência alegada", afirmou Lewis Mudge, diretor da HRW para a África Central em comunicado.
"As pessoas devem poder protestar pacificamente contra a política do governo sem serem baleadas ou mortas", acrescenta-se na nota.
A organização de defesa dos direitos humanos adiantou ter recebido "relatos de manifestantes e testemunhas de que alguns manifestantes estavam a atirar pedras" e ter tido acesso a "fotos não verificadas mostrando um punhado de manifestantes com facas", mas ressalvou não ter encontrado "evidências de que os manifestantes tivessem levado armas".
Segundo a organização não-governamental (ONG) HRW, "membros da sociedade civil, opositores políticos e testemunhas afirmaram que as forças de segurança dispararam de forma indiscriminada contra a multidão".
Segundo a ONG, pelo menos 50 pessoas foram mortas e dezenas ficaram feridas quando as forças de segurança dispararam contra os manifestantes.
Além disso, o porta-voz do governo disse que pelo menos 15 membros dos serviços de segurança foram mortos.
A HRW disse que não foi capaz de confirmar de forma independente esses números.
Em 21 de outubro, tanto os organizadores das manifestações como fontes hospitalares disseram à EFE que o número de mortes era de pelo menos 76.
De acordo com o que disse à agência de notícias EFE Max Loalngar, coordenador do movimento cidadão Wakit Tama, que convocou a manifestação juntamente com partidos políticos e líderes religiosos, foram contabilizados 76 mortos, 1.315 feridos e 312 detidos.
As manifestações foram convocadas para expressar pacificamente o desacordo com a prorrogação do período de transição no Chade e para solicitar que o Presidente de transição entregue o poder a um civil, como se havia comprometido.
As autoridades chadianas haviam proibido no dia anterior as manifestações.
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