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HRW quer que Chade investigue mortes nos protestos de 20 de outubro

A Human Right Watch solicitou hoje às autoridades chadianas que realizem "uma investigação efetiva e independente" da morte de pelo menos 50 pessoas nos protestos de 20 de outubro passado em várias cidades do Chade.

HRW quer que Chade investigue mortes nos protestos de 20 de outubro
Notícias ao Minuto

22:02 - 26/10/22 por Lusa

Mundo Chade

"As autoridades chadianas devem assegurar imediatamente a realização de uma investigação efetiva e independente para determinar se o uso de força letal pelos serviços de segurança foi uma resposta justificada e proporcional à violência alegada", afirmou Lewis Mudge, diretor da HRW para a África Central em comunicado.

"As pessoas devem poder protestar pacificamente contra a política do governo sem serem baleadas ou mortas", acrescenta-se na nota.

A organização de defesa dos direitos humanos adiantou ter recebido "relatos de manifestantes e testemunhas de que alguns manifestantes estavam a atirar pedras" e ter tido acesso a "fotos não verificadas mostrando um punhado de manifestantes com facas", mas ressalvou não ter encontrado "evidências de que os manifestantes tivessem levado armas".

Segundo a organização não-governamental (ONG) HRW, "membros da sociedade civil, opositores políticos e testemunhas afirmaram que as forças de segurança dispararam de forma indiscriminada contra a multidão".

Segundo a ONG, pelo menos 50 pessoas foram mortas e dezenas ficaram feridas quando as forças de segurança dispararam contra os manifestantes.

Além disso, o porta-voz do governo disse que pelo menos 15 membros dos serviços de segurança foram mortos.

A HRW disse que não foi capaz de confirmar de forma independente esses números.

Em 21 de outubro, tanto os organizadores das manifestações como fontes hospitalares disseram à EFE que o número de mortes era de pelo menos 76.

De acordo com o que disse à agência de notícias EFE Max Loalngar, coordenador do movimento cidadão Wakit Tama, que convocou a manifestação juntamente com partidos políticos e líderes religiosos, foram contabilizados 76 mortos, 1.315 feridos e 312 detidos.

As manifestações foram convocadas para expressar pacificamente o desacordo com a prorrogação do período de transição no Chade e para solicitar que o Presidente de transição entregue o poder a um civil, como se havia comprometido.

As autoridades chadianas haviam proibido no dia anterior as manifestações.

Leia Também: ONU e União Africana pedem libertação de detidos após protestos no Chade

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