"[A viagem ao Egito] Vai incidir sobre o considerável trabalho realizado pelos Estados Unidos para avançar na luta contra as alterações climáticas a nível global", frisou a porta-voz da Casa Branca, Karine Jean-Pierre em comunicado.
Joe Biden também vai enfatizar "que o mundo deve agir nesta década decisiva", acrescentou.
A 27.ª Conferência das Partes da Convenção-Quadro das Nações Unidas sobre Alterações Climáticas (COP27) vai ter lugar em Sharm el-Sheikh, Egito, entre 06 e 18 de novembro.
O chefe de assuntos climáticos do Ministério dos Negócios Exteriores egípcio, Mohamed Nasr, disse na terça-feira que "mais de 90 chefes de estado e de governo" confirmaram a presença, sem adiantar nomes.
Numa semana, o chefe de Estado norte-americano estará em três países para quatro cimeiras, sendo que numa poderá estar na mesma sala que o Presidente chinês, Xi Jinping, e o Presidente russo, Vladimir Putin.
Depois do Egito, Biden seguirá para Phnom Penh, no Camboja, para participar da cimeira EUA-ASEAN (Associação das Nações do Sudeste Asiático) e na Cimeira do Leste Asiático.
Por fim, o governante seguirá para o Bali, na Indonésia, para a cimeira do G20, para uma reunião de líderes da maioria das maiores economias do mundo, que decorre entre 13 a 16 de novembro.
No Bali, Joe Biden "trabalhará com os parceiros do G20 em temas-chave, como as alterações climáticas ou o impacto global da guerra liderada pelo [Presidente russo, Vladimir] Putin na Ucrânia", adiantou ainda Karine Jean-Pierre.
A viagem do Presidente norte-americano ao exterior começa poucos dias depois das eleições intercalares nos Estados Unidos, que determinarão qual partido controlará a Câmara dos Representantes e o Senado.
A cimeira do G20 também poderá colocar frente a frente Biden com o homólogo chinês, Xi Jinping, o príncipe herdeiro da Arábia Saudita, e líder de facto, Mohammed bin Salman (MBS), e, potencialmente, com o chefe de Estado russo, Vladimir Putin.
Putin, Xi e MBS ainda não confirmaram os seus planos de viagem.
O democrata criticou a China pelos abusos de direitos humanos contra os uigures e outras minorias étnicas, por reprimir as vozes de ativistas da democracia em Hong Kong, por práticas comerciais coercitivas ou pelas provocações militares contra a democrática e autogovernada Taiwan.
Enquanto isso, Pequim criticou a postura do Governo de Biden em relação a Taiwan -- que o regime chinês pretende eventualmente unificar com a China continental comunista -- por prejudicar a soberania e a integridade territorial da China.
O porta-voz do Conselho de Segurança Nacional da Casa Branca, John Kirby, referiu no início desta semana que autoridades dos EUA e da China estavam a trabalhar para organizar uma reunião entre os líderes, mas uma data ainda não foi confirmada.
Ainda assim, é menos provável que Biden tenha reuniões individuais com Putin ou MBS.
A administração de Biden organizou a comunidade internacional para atingir Moscovo com sanções económicas em grande escala, desde o início da invasão russa da Ucrânia, prestando ao mesmo tempo mais de 40.000 milhões de dólares em assistência económica e militar para ajudar a Ucrânia e os seus vizinhos afetados pela guerra.
Biden e Putin realizaram uma reunião presencial em Genebra, na Suíça, em junho de 2021, meses antes de a Rússia começar a reunir tropas ao longo da fronteira com a Ucrânia e conversaram pela última vez por telefone em fevereiro, com Biden a alertar Putin de que a Rússia enfrentaria "custos severos" caso avançasse com a invasão.
O chefe de Estado norte-americano anunciou no início deste mês que haveria "consequências" para a Arábia Saudita depois da Opep+, a Organização dos Países Exportadores de Petróleo e aliados, liderada por Riade ter promovido o corte da produção de petróleo para manter o preço elevado.
A vice-presidente norte-americana, Kamala Harris, viajará separadamente para Banguecoque, na Tailândia, para participar da reunião dos líderes de cooperação económica da Ásia-Pacífico, entre 18 a 19 de novembro, e depois visitará Manila, nas Filipinas, divulgou também a Casa Branca.
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