O primeiro-ministro ucraniano, Denys Shmyhal, garantiu, esta sexta-feira, que a Ucrânia tem reservas de gás suficientes para este inverno, se forem tidas em conta as importações que estão já planeadas neste sentido.
Os comentários foram feitos pelo governante numa reunião de gabinete, aqui citados pela Reuters. Nesse momento, Denys Shmyhal explicou que o país tinha, neste momento, 14,5 mil milhões de metros cúbicos de gás natural nos seus depósitos subterrâneos.
Fazendo referência ao período compreendido entre os meses de outubro e abril, altura em que os ucranianos ativam, habitualmente, os sistemas de aquecimento central nas suas habitações, o primeiro-ministro ucraniano disse: "Tendo em conta os fornecimentos esperados do estrangeiro, esta quantidade é suficiente para a estação".
As declarações surgem numa altura em que o país não está ainda livre da ameaça de eventuais novos ataques russos sobre as infraestruturas energéticas e de aquecimento da Ucrânia. Também várias estruturas relacionadas com o abastecimento de água foram já afetadas pelas investidas russas que têm sido levadas a cabo nas últimas semanas.
Os invernos no país são bastante rigorosos, com temperaturas que podem descer bem abaixo dos 0ºC, o que levanta preocupações acerca do impacto que esta confluência de fatores pode ter pode ter ao nível da saúde pública.
A invasão russa sobre a Ucrânia alarmou, especialmente, os países localizados no flanco oriental da NATO, que se têm demonstrado altamente defensores de um maior apoio militar e financeiro ao país invadido.
Este conflito causou já mais de 6.300 mortos entre os civis, entre os quais 379 são crianças. Contabilizam-se ainda 14 milhões de deslocados e refugiados, segundo os cálculos da ONU (Organização das Nações Unidas).
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