Um dos soldados russos que foi libertado pela Ucrânia na última troca de prisioneiros reuniu-se, este domingo, com a família, na região de Donetsk, que desde setembro foi ilegalmente anexada pela Rússia.
Os reencontros decorrem três dias após esta troca, que envolveu 214 soldados - 107 ucranianos e 107 russos. À Reuters, a mãe de um destes combatentes disse que o filho tinha perdido muito peso desde a última vez que o tinha visto.
"Não o reconheci", confessou Lyudmilla, que acompanhava o filho, Yevgeny, enquanto este se deslocava com uma bengala.
"Tudo vai ficar bem", garantiu-lhe, citada pela agência de notícias.
O reencontro aconteceu com alguns dos combatentes libertados, e à Reuters, um deles confessou que não estava a acreditar no regresso. "Não acredito que estou em casa", afirmou Maxim Chekanov, confessando: "Foi horrível, não desejaria a ninguém", explicou Chakanov, que foi capturado pelas forças ucranianas a 11 de outubro.
As trocas de prisioneiros têm vindo a acontecer ao longo dos últimos meses. Os 107 militares ucranianos já chegaram a casa e desse lado também há pessoas afetadas, tendo o chefe do gabinete da presidência ucraniana,Andriy Yermak, dito que havia pessoas "que não sentiam o rosto".
A Rússia invadiu a Ucrânia em 24 de fevereiro deste ano, mergulhando a Europa naquela que é considerada a crise de segurança mais grave desde a Segunda Guerra Mundial (1939-1945).
Desconhece-se quantos prisioneiros de guerra foram feitos por cada uma das partes em mais de oito meses de combates.
Também se desconhece o número de baixas civis e militares, mas diversas fontes, incluindo a ONU, têm admitido que será significativamente elevado.
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